Margem de negociação é baixa e Congresso não deve desidratar reforma, defende economista

  • Por Jovem Pan
  • 15/02/2019 09h27
Nicole Fusco/Jovem Pan O economista Paulo Tafner, um dos formuladores da reforma da Previdência do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) Tafner: Há sempre a possibilidade de aprimoramento do texto no Congresso, isso foi feito pelo relator no Governo Temer. Mas não pode desidratar em profundidade a proposta de reforma

O secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou nesta quinta-feira que o presidente Jair Bolsonaro chegou a uma decisão sobre a proposta para a reforma da previdência que será apresentada no Congresso Nacional. A idade mínima ficará estabelecida em 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. Ainda de acordo com Marinho, essa idade mínima só será atingida após um período de transição de 12 anos.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o economista e um dos autores do livro “Previdência no Brasil: debates, dilemas e escolhas”, Paulo Tafner, declarou que vê com otimismo a proposta inicial, mas admitiu que ela pode sofrer modificações.

“A margem de negociação é baixa. Um dos pontos são idade mínima e transição. Há sempre a possibilidade de aprimoramento do texto no Congresso, isso foi feito pelo relator no Governo Temer. Mas não pode desidratar em profundidade a proposta de reforma”, defendeu.

Segundo Tafner, a ideia de se fazer uma reforma mais abrangente já está no radar da equipe econômica e de parte da população. Para ele, não seria razoável uma proposta aos trabalhadores do setor privado diferente do setor público, incluindo militares.

O detalhamento do projeto de reforma da Previdência será dado na próxima quarta-feira (20).

Confira a entrevista completa com o economista Paulo Tafner:

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