Marun fala em discordâncias de Jucá, e desconversa sobre pretensões de senador à reeleição
O senador Romero Jucá (MDB) anunciou nesta segunda-feira (27) o seu afastamento da Liderança do Governo por não concordar com “a forma como o governo federal está tratando a questão dos venezuelanos em Roraima”.
Entretanto, a saída do presidente do MDB do “cargo” levanta dúvidas sobre a sua intenção eleitoral de reeleição ao Senador em Roraima. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que a saída de Jucá é “lamentável, mas compreensível” e desconversou sobre as pretensões políticas do emedebista.
“Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Uma coisa é a divergência real sobre a fronteira em Roraima e outra são os pleitos do senador. Isso ficou evidente. Senador esteve aqui, fizemos reunião, depois ele explicitou sua opinião, eu coloquei a dificuldade de encampar as sugestões dele [sobre fechamento da fronteira] e ali existe a divergência real de ele continuar exercendo a função de líder”, disse.
Segundo Marun, a questão eleitoreira “é a velha prática de ouvir marqueteiro”. Ele, então, traçou um paralelo com os recentes dados de que apenas 5% da população considera o Governo Temer ótimo ou bom. “Tem muitos candidatos do Governo dispondo desse voto firme. Como sou pessoa que sempre faço questão de trilhar o caminho da verdade, as pessoas que são do Governo e tentam omitir isso estão cometendo equívocos que os levarão ao insucesso eleitoral, mas cada um é cada um”, completou.
Questionado se o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) assumiria o lugar de Jucá na Liderança do Governo, Marun disse que haverá uma reunião entre o emedebista e o presidente nesta terça-feira (28), mas até o momento da realização desta entrevista não havia existido um convite ou conversa sobre o tema.
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