Marun: Governo sofre “conspiração asquerosa” e “Temer é o melhor presidente da história”

  • Por Jovem Pan
  • 29/06/2018 09h40 - Atualizado em 29/06/2018 09h45
Bruno Lima/Jovem Pan "O Brasil, com essa conspiração asquerosa desde a gravação imoral [da reunião de Joesley Batista com Temer], perdeu a grande oportunidade de avançar", disse

Defensor ferrenho do presidente Michel Temer, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o Planalto foi prejudicado durante os dois anos de mandato do emedebista por conta de uma “conspiração asquerosa”.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Marun disse ainda que Temer é “o melhor presidente da história do País por hora de mandato, por produtividade” e que ninguém consegue apontar os erros do Governo.

Ninguém fez tanto em tão pouco tempo e o Brasil, com essa conspiração asquerosa desde a gravação imoral [da reunião de Joesley Batista com Temer], perdeu a grande oportunidade de avançar. Não vamos conseguir fazer tudo que queríamos”, lamentou sem deixar de exaltar os “feitos” do seu defendido.

s assumimos em meio a maior crise econômica da história. Dali para frente tomamos medidas para sair da recessão. Primeira atitude foi falar a verdade na economia, chega de pedalada, contabilidade criativa. A partir dali estabelecemos teto de crescimento dos gastos públicos. Temer foi o primeiro a fazer isso. Acabou a farra de dizer gasta o que quiser e depois vai pra população.

Depos a reforma trabalhista, importantíssima. Construímos agenda reformista que fez com que a inflação caísse, o juros caíssem, o preço do feijão caísse. E hoje teríamos que avançar e mais reforma”, completou.

Braço direito e uma espécie de porta-voz especial do presidente, o ministro criticou durante toda a entrevista a gravação que levou à delação da JBS – e que pode ser rescindida caso o plenário do STF decida por tal.

Você quer derrubar o presidente pelo que ele disse ou pelo que ele recebeu? O presidente foi gravado por uma hora com uma pessoa com objetivo único de buscar condições comprobatórias contra o presidente. Ele falou por mais de uma hora e nada de efetivamente comprometedor ali se colocou. Ali, em função do fato de que no áudio nada compromete o presidente, começa a se buscar filigranas e pelo em ovo”, disparou.

Segundo Marun, é costumeiro em Brasília receber “muita gente” em períodos fora de agendas oficiais. “Era hábito do presidente, 22h, 23h, meia noite. Brasília tem essa dinâmica”, reiterou.

Em posição de ataque, Marun ainda disse que “vocês [dirigiu-se à bancada do Jornal da Manhã] batem palma para essa conspiração onde um procurador-geral da República coloca um de seus procuradores, para articular delação para orientar gravação ao presidente, o que nos trouxe prejuízos imensos, impediu que o Brasil continuasse avançando e até hoje nos fere e nos atinge”.

Ao final, Marun, membro da tropa de choque de Temer, disse que o presidente “talvez mereça” nota 9,5 ou 9,8, e voltou a dizer que ninguém conseguiu dizer onde o emedebista errou. “Não sei se Temer é aplaudido, mas hoje saímos fora de uma recessão”.

Confira a entrevista completa com o ministro Carlos Marun:

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