MDB tenta assimilar resultado das urnas para não perder relevância no Congresso

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2018 07h18 - Atualizado em 15/10/2018 07h40
José Cruz/Agência Brasil José Cruz/Agência Brasil O ex-ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, atribuiu o desempenho negativo dos correligionários ao descrédito com a política

O MDB tenta assimilar resultado das urnas para buscar novos rumos e não perder relevância no Congresso.

Das atuais 66 cadeiras, o partido ocupará 34 na Câmara dos Deputados a partir do ano que vem. No Senado, a sigla do impopular presidente Michel Temer seguirá como maior bancada, com 12 assentos, sete a menos em relação à atual legislatura.

O ex-ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, atribuiu o desempenho negativo dos correligionários ao descrédito com a política. Derrotado na tentativa de ser presidente da república pelo MDB, Meirelles amargou o sétimo lugar no primeiro turno.

Henrique Meirelles afirma que apenas uma “volta às origens” permitirá uma refundação do partido: “Antes de mais nada, apoiar, defender e votar pelas reformas e tudo aquilo que o Brasil precisa fazer. Segundo, administrar bem, com seriedade, ética e honestidade. E defender a democratização cada vez maior do País”.

Meirelles apontou a polarização que domina a disputa como fator preponderante para o revés do MDB nas urnas.

Frustrado ao tentar a reeleição no Ceará, o atual presidente do Senado e cacique do MDB, Eunício Oliveira, disse que o eleitor votou pela renovação: “a disputa política na democracia é bela, porque as pessoas analisam, escolhem”.

Além de Eunício, não voltarão ao Senado pelo MDB longevos colegas como Romero Jucá, sempre líder de governo, Garibaldi Alves e Valdir Raupp. Outro cacique do MDB a perder o assento na Casa é Edison Lobão, apadrinhado do clã Sarney, que também não terá nomes no Congresso em 2019.

Confira a cobertura completa das Eleições 2018

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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