Medo de Bolsonaro faz centro buscar consenso em Brasília

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2018 12h40 - Atualizado em 17/05/2018 12h41
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Alckmin tentou, sem sucesso, conciliação com Maia, que mantém pré-candidatura para preservar composição ao centro

Pela primeira vez, os líderes dos partidos políticos avaliam que Jair Bolsonaro (PSL) pode ganhar a eleição presidencial longe das grandes siglas. E isso provoca uma reviravolta nos bastidores, afirma o repórter Jovem Pan em Brasília José Maria Trindade ao Jornal da Manhã.

Partidos de centro que estão na base de apoio do presidente Michel Temer buscam uma saída que descarte o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, e o MDB de Temer e do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Pesquisas qualitativas que tentam captar a tendência do eleitor veem no apoio do MDB um “beijo da morte”. De forma semelhante, o apoio a Alckmin dificultaria projetos eleitorais futuros dos políticos de centro.

Por isso, Alckmin conversou com o articulador desse grupo de centro, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM), mas não houve acerto.

Maia quer definir em bloco o apoio das siglas de centro para valorizar o grupo. Ele tem reafirmado que é pré-candidato ao Planalto, como forma de manter a força do grupo.

Quem ficar melhor nas pesquisas disputaria pelo centro, puxando votos à direita. Eles entendem que ruralistas e empresários que hoje dizem apoiar Bolsonaro podem migrar ao bloco quando houver o detalhamento dos planos de governo.

Alguns partidos falam até em apoiar Ciro Gomes (PDT).

Assim, parece ter terminado a polarização PT-PSDB. O que se vê hoje é Bolsonaro versus a esquerda.

MDB

Se estiver isolado, a tendência é de que o MDB não lance candidato à Presidência, liberando o partido para as alianças regionais.

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