Ministro da Saúde nega que reajustes nos convênios sejam abusivos

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2018 08h22
Elza Fiúza/Agência Brasil Elza Fiúza/Agência Brasil Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, defende os contratos de franquia e coparticipação, que devem ser autorizados pela ANS

Em junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar deve divulgar o índice máximo para a correção das mensalidades dos planos individuais. A expectativa é de que o valor varie entre 10 a 13%  – bem acima da inflação prevista para 2018, que deve ficar em torno dos 3,5%.

Em audiência na Câmara, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi disse que os custos no setor aumentam em um ritmo mais forte. “O índice de variação de preços para atendimento a saúde é bem superior a qualquer outro que temos no IPCA”, afirmou o ministro.

Occhi, defende os contratos de franquia e coparticipação, que devem ser autorizados pela ANS nos próximos meses.

O gerente-geral da agência, Rafael Vinhas, avalia que há muita transparência nos reajustes. “Isso é uma norma que foi editada há algum tempo pela Agência, que obriga as operadores a informarem aos contrantes como é feito aquele cálculo. O consumidor, que aderiu ao contrato coletivo, pode ter acesso a esses cálculos, solicitando no prazo de até dez dias”, disse.

Rafael Vinhas reitera que a agência possui mecanismos para que as operadoras não penalizem os usuários mais velhos.

Já o deputado Ivan Valente, do PSOL, afirma que, diante das falhas do SUS, o brasileiro sofre com a falta de opções. “O SUS, que está na nossa Constituição, não é cumprido. E o sistema privado é cada dia mais mercadológico. É um sistema que extorque o povo trabalhador”, reclamou o parlamentar.

Valente falou sobre os reajustes em uma audiência da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, nesta quarta-feira. O parlamentar do PSOL ainda criticou a cobrança de franquia nos planos de saúde e disse que os pacientes não podem ser comparados com carros.

*Com informações do repórter Vitor Brown

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