Ministro desafia reitora da Unifesp a aceitar consultoria de gestão no Hospital São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2017 08h08 - Atualizado em 30/08/2017 12h06
Rio de Janeiro - O ministro da Saúde, Ricardo Barros durante encontro da Associação Comercial do Rio de Janeiro com o ministro para discutir a situação da saúde no estado. (Tomaz Silva/Agência Brasil) Tomaz Silva / Agência Brasil Sobre o desafio proposto pelo ministro, em nota, a Unifesp esclarece que o recurso do Rehuf significa 10% do seu orçamento global (em torno de R$ 200 milhões)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, desafiou a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, responsável pelo Hospital São Paulo, a aceitar consultoria de gestão do SUS.

A fala de Ricardo Barros se deu, nesta terça-feira, durante evento na capital paulista, quando questionado sobre a recomendação do Ministério Público Federal, para voltar imediatamente com o repasse de recursos do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf) ao Hospital São Paulo.

“Eu já estive três vezes com a reitora, ela insiste em fazer palanque. O Rehuf representa 1% do faturamento do Hospital. É insignificante, ela está fazendo campanha em cima de assunto que não é relevante. O que ela precisa é melhorar gestão e eficiência. Estou desafiando o Hospital São Paulo a aceitar uma consultoria de gestão, de qualquer hospital de excelência para mostrar como dá para investir melhor o dinheiro que eles têm”, disse o ministro.

O Hospital São Paulo enfrenta grave crise financeira e fazia parte do programa desde 2010, mas foi excluído da lista de contemplados neste ano.

O corte aprofundou ainda mais o déficit do hospital, cuja dívida acumulada é estimada em R$ 160 milhões.

Sobre o desafio proposto pelo ministro, em nota, a Unifesp esclarece que o recurso do Rehuf significa 10% do seu orçamento global (em torno de R$ 200 milhões).

O texto ainda diz que, visando conciliação, apresentou, no dia 24 de agosto, proposta à Advocacia-Geral da União e aos ministérios do Planejamento, da Educação e da Saúde para solucionar o impasse.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, tem prazo de 10 dias para manifestar se acata ou não a recomendação.

Caso o pedido não seja atendido, o Ministério pode sofrer com o ajuizamento de uma ação civil pública.

*Informações do repórter Fernando Martins

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