MP investiga baixos índices de vacinação infantil em São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 27/07/2018 10h31
Cesar Brustolin/SMCS Cesar Brustolin/SMCS Discrepância de dados federais e municipais não permite saber a porcentagem de crianças vacinadas contra a paralisia infantil

O Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil para investigar o baixo índice de vacinação infantil na capital paulista.

As secretarias de saúde municipal e estadual terão um mês para apresentar as explicações à promotora de justiça da Infância e da Juventude, Luciana Bergamo.

Ela explica que as últimas notícias sobre a queda das taxas de vacinação em todo o Brasil motivaram o pedido de esclarecimento, apesar de não ter recebido nenhuma informação sobre o desabastecimento de vacinas em São Paulo.

“Em virtude do que vem sendo noticiado, do que tem sido dito pelo ministério da Saúde, da queda dos índices, nós resolvemos investigar como está a situação na cidade de São Paulo”, disse Bergamo. A promotora quer saber quais são as vacinas recomendadas à população infantil, como está o índice de vacinação nos últimos cinco anos e o que o governo tem feito.

O documento do Ministério Público também aponta, que com base em dados do Ministério da Saúde, que a cobertura da vacina contra a poliomielite em menores de um ano é de 30,6% na cidade de São Paulo.

No entanto, a secretaria municipal garantiu, por meio de nota, que a cobertura da vacina contra a poliomielite em 2017, foi de 84,8% e que a diferença entre os dados federal e municipal se dá pelo sistema de informação utilizado.

A promotora Luciana Bergamo lembra que a vacinação infantil é obrigatória e não pode ser vista como uma opção individual. “Seu filho precisa estar vacinado para que as demais crianças também não contraiam a doença”, disse a promotora, destacando que a questão é coletiva.

O MP também acionou os Conselhos Federal e Regional de Medicina, bem como o Conselho Regional de Enfermagem, e as Sociedades Brasileira e Regional de Pediatria, para prestarem orientações sobre o assunto.

A reportagem é de Natacha Mazzaro ao Jornal da Manhã:

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