MP-SP denuncia sócios de shopping por participação na Máfia dos Fiscais

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2018 07h51
Reprodução O Ministério Público de São Paulo denunciou os sócios do Santana Parque Shopping, na Zona Norte da capital paulista, por participação no esquema de propina da Máfia dos Fiscais

O Ministério Público de São Paulo denunciou os sócios do Santana Parque Shopping, na Zona Norte da capital paulista, por participação no esquema de propina da Máfia dos Fiscais.

Segundo a denúncia da Promotoria, o chefe do esquema era o ex-auditor fiscal da Secretaria de Finanças, Luis Alexandre Cardoso Magalhães. No final de 2012, ele destacou o também ex-auditor Cleber Henrique Bispo para vistoriar o centro de compras por três dias.

Durante o período, Cleber afirmou ter constatado a construção de mezaninos e áreas no terraço do shopping que não estavam sendo tributadas. De acordo com o Ministério Público, para não multar o estabelecimento, os dois fiscais teriam exigido propina de R$ 2 milhões dos donos.

A negociação aconteceu em um restaurante de luxo nos Jardins, bairro nobre da zona sul da capital paulista. O valor inicial foi reduzido para R$ 1 milhão.

Luis Alexandre Cardoso Magalhães é acusado de corrupção passiva. Além dele, também foram denunciados: Alexandre Lopes Dias, Alessandro Poli Veronezi, Francisco José Ritondaro e Victor Poli Veronezi. Eles são representantes da General Shopping Brasil, grupo que controla o Shopping Santana Parque. E, segundo o Ministério Público, deram aval para o pagamento da propina.

O último denunciado é o despachante Leon Waajen, contratado pelos sócios do shopping para repassar a propina. A mala, com R$ 1 milhão em espécie, foi entregue aos fiscais em uma charutaria, na Avenida Europa, zona nobre de São Paulo.

O promotor de Justiça, Roberto Bodini elencou os tipos de crimes que os envolvidos vão responder: “no caso do Santana, o funcionário público responde por corrupção passiva e aqueles que pagaram essa propina responderão por corrupção ativa”.

Luis Alexandre Cardoso Magalhães já havia sido preso duas vezes, em 2013 e 2015, por extorsão e ano passado, ele foi condenado anove anos de prisão em regime fechado, depois de ser apontado como operador da Máfia do ISS.

*Informações do repórter Daniel Lian

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