MPF não vê indício de invasão de aldeia no Amapá por garimpeiros

  • Por Jovem Pan
  • 30/07/2019 08h40 - Atualizado em 30/07/2019 09h30
Divulgação/Portal IPHAN indios-morte-de-cacique-por-garimpeiros.jpg O líder indígena teria morrido na última quarta- feira (24); a Funai encaminhou memorando para Brasília alertando sobre o possível ataque

O presidente Jair Bolsonaro disse que está acompanhando com atenção o conflito entre garimpeiros e indígenas da tribo Waiãpi, no Amapá. O confronto teria causado a morte de um líder local. A Polícia Federal já está na região.

Foi criado também um gabinete de crise com a Funai, Ministério Público Federal, MP Estadual, Polícia Federal, Secretaria de Justiça e da Segurança Pública do Amapá, além do Exército. O presidente, no entanto, explica que as informações ainda são preliminares.

A ex-presidente do Chile, a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michele Bachelet, classificou a morte do índio brasileiro como “sintoma perturbador do crescente problema de invasão de terras indígenas no país, por mineiros, madeireiros e fazendeiros.”

Ela ainda pediu ao governo brasileiro que reconsidere a proposta do presidente Jair Bolsonaro de abrir mais áreas na Amazônia para garimpo. O líder indígena teria morrido na última quarta- feira (24) e a Coordenação Regional da Funai, encaminhou memorando para Brasília alertando sobre o possível ataque de garimpeiros à terra indígena.

Por se tratar de um local de difícil acesso, a Fundação Nacional dos Índios alertou os órgãos de segurança pública para checar a veracidade das informações. No último domingo (28), foi aberto inquérito policial para apurar a causa da morte do cacique.

O Ministério Público do Amapá também afirmou na última segunda-feira (29) que não há indício de invasão à terra indígena. O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, ressaltou ainda que a discussão em torno da liberação de atividades comerciais de áreas indígenas está sendo feita dentro do Governo e ele afirmou que não é correto afirmar que a liberação das atividades comerciais possa trazer como consequência o conflito entre índios e quem vive em torno das reservas.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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