“Não adianta falar ‘é o texto que está ou será nenhum’. Então será nenhum”, diz Rosso sobre reforma da Previdência

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2017 09h40 - Atualizado em 10/08/2017 09h42

Presidente da Comissão Especial do Impeachment Marcelo Camargo/Agência Brasil Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) confirmou que o Centrão não pretende votar a reforma da Previdência tal como está

Lideranças aliadas avisaram o presidente Michel Temer que não pretendem retomar as articulações para votar a reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados até que se tenha uma reorganização da base. Alguns parlamentares do Centrão (grupo do qual fazem parte PP, PSD e PR – e até do PMDB) querem que o Planalto faça uma redistribuição de cargos que estão nas mãos dos chamados “infiéis”, aqueles que votaram contra o peemedebista na denúncia.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) confirmou que o Centrão não pretende votar a reforma da Previdência tal como está, mas negou que ocorrem chantagens para que ela seja colocada na pauta.

“Sou totalmente contrário a qualquer tipo de barganha. Eu não tenho cargo no Governo, não ligo para o Governo falando de emenda. Uma reforma na Previdência está acima de qualquer questão. Ou alteramos as regras da Previdência ou o País vai quebrar, não tem outra hipótese. Da nossa parte não é chantagem, mas análise do texto (…) Não adianta falar ‘é o texto que está ou será nenhum’. Então será nenhum”, disse.

Rosso relembrou que o texto da reforma da Previdência já era criticado antes mesmo do escândalo da JBS, que acabou com o arquivamento da denúncia contra Temer.

Questionado sobre como está a base aliada do Governo, Rosso disse que é preciso tomar como base agora o resultado da votação no plenário da Câmara que evitou que o presidente fosse investigado. “Você sabe que não adianta tapar o sol com a peneira. A base do Governo no passado era próxima de 380 deputados e a base dele agora são os votos que teve para barrar a denúncia. Entretanto, esse cálculo fica impreciso quando se trata de reformas. Existem aqueles que votaram com o presidente e são contrários à reforma”, exemplificou. “É uma base bastante menor que a original e não sabemos se será suficiente para aprovar a proposta”, completou.

Confira a entrevista completa:

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