Onda de calor atinge Europa e deixa continente em alerta máximo

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 25/06/2019 07h28 - Atualizado em 25/06/2019 10h18
DARIO OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO Na França, em 2003, uma onda de calor semelhante deixou mais de 15 mil pessoas mortas

Uma onda de calor sem precedentes atinge a Europa nesta semana e deixa o continente em estado de alerta máximo. Uma massa de ar quente vinda do Saara, combinada a outros fatores meteorológicos, está fazendo as temperaturas passarem dos 40 graus desde a Espanha até a Suíça.

Com a umidade do ar também alta nesta época do ano, a sensação térmica chega perto de 50 graus em alguns países.

O Reino Unido, até nisso, não faz parte da Europa e aqui o ar condicionado do carro continua sendo um acessório tão útil quanto pneu de neve no Brasil.

Mas não muito longe daqui, na França, as autoridades locais tomaram uma série de medidas para evitar o pior. Piscinas públicas vão ficar abertas em horários estendidos, salas de refrigeração foram montadas em prédios públicos e bebedouros foram espalhados por diversos pontos de Paris.

O governo local está pedindo para que as pessoas evitem sair de casa e não façam exercícios físicos nos próximos dias. As vendas de ventiladores quadruplicaram no país e garrafas com água estão sendo distribuídas para moradores de rua.

O assunto é muito sério na França porque em 2003 uma onda de calor semelhante deixou mais de 15 mil pessoas mortas, a maioria idosos já com a saúde debilitada.

Outros países da região também estão se preparando para atender vítimas de desidratação severa. A previsão do tempo indica que as próximas quinta e sexta serão os dias mais quentes do mês de junho. Esse tipo de evento climático severo deve se tornar cada vez mais frequente por conta das mudanças climáticas e do aquecimento global.

A Europa lidera os esforços mundiais para tentar reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. Mas mesmo aqui, onde o assunto é tratado puramente com base na ciência e sem ceticismos rudimentares, as medidas ainda estão longe de atingir os padrões considerados ideais para frear o problema.

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