13 suspeitos de investir em imóveis da milícia no Rio são presos

  • Por Jovem Pan
  • 17/07/2019 07h09 - Atualizado em 17/07/2019 08h05
FUTURA PRESS/Agência Estado Presos vão responder por dano ambiental, construção em local irregular e organização criminosa

A polícia do Rio de Janeiro e o Ministério Público prenderam, nesta terça-feira (16), investidores e empresários que eram sócios de milicianos que atuam em favelas da zona Oeste da capital. A Operação Muzema, nome que faz alusão à comunidade 24 pessoas morreram após a queda de dois prédios irregulares em abril deste ano, executou 13 dos 17 mandados de prisão expedidos pela Justiça.

Uma das prisões foi a de Bruno Cancela, que movimentou, nos últimos anos, de acordo com a investigação, algo em torno de R$ 30 milhões. A mulher dele, Letícia, trabalha na Prefeitura do Rio de Janeiro, no departamento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), onde é responsável pelo registro de imóveis.

A parceria entre os investidores e empresários e os milicianos era justamente na área imobiliária, na construção de casas, prédios e estabelecimentos comerciais, e acontecia em locais dominados pela milícia, como favelas da própria Muzema, Gardenia Azul e Rio das Pedras, todos na zona Oeste. Suspeita-se, inclusive, que a mulher de Cancela tenha ajudado a quadrilha no registro de imoveis irregulares nestas comunidades.

Outro preso foi Manoel Silva. Em sua casa, foi encontrada uma arma, R$ 50 mil em espécie e um cheque de R$ 1 milhão.

Os presos vão responder por vários crimes, como organização criminosa, construção em local irregular, dano ambiental, entre outros.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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