Oposição entende que segunda denúncia contra Temer deve barrar análise de reformas

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2017 07h52 - Atualizado em 20/09/2017 13h11
Antônio Cruz / Agência Brasil Alessandro Molon O deputado Alessandro Molon (Rede) disse estar confiante na manutenção das provas obtidas da delação da J&F

O presidente Michel Temer, ao abrir a Assembleia Geral da ONU, defendeu as reformas do Governo. O peemedebista, entretanto, não citou as denúncias de corrupção que a gestão dele recebe.

Nas Nações Unidas, em um discurso abrangente, o presidente destacou a recuperação da economia: “estamos superando uma crise econômica sem precedentes. Estamos resgatando o equilíbrio fiscal e, com ele, a credibilidade da economia”.

Apesar das reformas serem defendidas por Michel Temer, a oposição entende que a segunda denúncia contra o presidente vai barrar a análise de reformas, mais uma vez.

Nesta quarta, o Supremo julga o processamento da acusação oferecida pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer.

O deputado Alessandro Molon (Rede) disse estar confiante na manutenção das provas obtidas da delação da J&F: “é da confirmação da validade das privas obtidas com a delação premiada. Isso porque a eventual perda dos benefícios não altera a validade e integridade das provas”.

Já o parlamentar da base aliada, Darcísio Perondi, acredita que se o Supremo for neutro e técnico, anula todas as provas contra Michel Temer: “ainda mais com as fitas que a turma do Janot e Joesley apresentaram depois da fita do Michel falando aquelas bobagens, mostrando que houve conluio do grupo do Janot com empresários bandidos”.

Nesta terça-feira (19), o ministro Luiz Edson Facchin rejeitou o pedido da defesa de Michel Temer para devolver à PGR a nova denúncia. O presidente é acusado pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.

*Informações do repórter Felipe Palma

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