Pais se reúnem com diretoria da Escola Raul Brasil em Suzano para cobrar respostas após massacre

  • Por Jovem Pan
  • 04/04/2019 07h35 - Atualizado em 04/04/2019 10h14
Werther Santana/Estadão Conteúdo Mães de alunos da Raul Brasil foram cobrar respostas da diretoria do colégio, que não atendia o telefone

Após pressão de pais e alunos, a Escola Raul Brasil, em Suzano, promete mais transparência com a comunidade. O que mais preocupa é a falta de qualquer informação. Vinte e um dias depois do ataque que terminou com dez mortes, estudantes e responsáveis ainda cobram segurança na escola.

Há presença da Polícia Militar, da ronda escolar e da Guarda Civil Metropolitana, mas o medo continua. Mães de alunos da Raul Brasil foram cobrar respostas da diretoria do colégio, que não atendia o telefone.

Após um encontro organizado às pressas com os representantes da escola, a contadora Juliana Ribeiro, mãe de duas alunas, declarou que ficará de olho nas promessas.

A principal reclamação de pais e mães de alunos da Escola Estadual Raul Brasil é a ausência de professores desde que a as aulas começaram. A Liliane Oliveira, por exemplo, tem uma filha de 15 anos que estuda em Suzano. Ela teve que ficar no pátio porque não tinha aula. Mas após essa reunião pela manhã, a mãe contou que foi estabelecido um diálogo mais eficaz entre escola e pais de alunos.

De acordo com o coordenador de gestão da educação básica, Caetano Siqueira, uma lista de transmissão será criada para informar os pais e responsáveis pelo WhatsApp e pelo e-mail. Ele também explicou que três professores estão afastados, mas reforçou que os alunos não vão ficar sem aula.

Isabel Silva dá aulas de matemática a crianças do sétimo ano na Raul Brasil. De acordo com ela, os professores ainda estão muito traumatizados. Só nesta quarta-feira à tarde, Isabel conta que, pelo menos, nove professores faltaram.

A diretoria da escola afirmou que a segurança da Raul Brasil está reforçada, mas alunos do curso de idiomas até estranharam quando chegaram para as aulas e não encontraram o portão aberto. Disseram que era a primeira vez que viam a entrada lacrada com cadeado.

À noite mais uma reunião ocorreu, desta vez com a presença do delegado Titular do DP Central de Suzano e de outras autoridades para falar da segurança.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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