Para Skaf, embates entre Executivo e Legislativo são inoportunos: ‘Deve haver entendimento urgente’

  • Por Jovem Pan
  • 28/03/2019 09h35
Marcello Casal Jr/Agência Brasil Marcello Casal Jr / Agência Brasil "Precisa passar bons exemplos para a sociedade, de que as reformas serão aprovadas para que o Brasil retome o crescimento, a recuperação do emprego”, defendeu

Os últimos dias vêm sendo marcados por embates entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia. Entre alfinetadas e críticas, os presidentes da República e da Câmara, respectivamente, protagonizam uma crise entre o Executivo e o Legislativo.

Adotando o tom em busca de acertos, o presidente da Fiesp e ex-candidato ao governo do Estado em 2018, Paulo Skaf, reconheceu que embates deste tipo atrapalham os avanços de reformas como a da Previdência e tributária.

“Não é momento de embate e desentendimentos, mas um momento para a serenidade e busca pelo desenvolvimento do Brasil. É inoportuno o embate”, disse Skaf em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã. “Deve haver entendimento urgente entre os Poderes, respeito mútuo entre maiores lideranças do país”.

Para o presidente da Fiesp, a “política tem que ter conversa”. “Me refiro à boa conversa. Não se pode negar em uma democracia a prática de política que se faz com conversa e paciência. Boas conversas, de interesse da nação. Isso está faltando um pouco agora. Precisa passar bons exemplos para a sociedade, de que as reformas serão aprovadas para que o Brasil retome o crescimento, a recuperação do emprego”, defendeu.

Segundo ele, o momento é de “pegar embalo” positivo e não perder este momento para a retomada econômica.

Sobre a reforma da Previdência, Skaf ressaltou que a sociedade está ansiosa para que o Brasil dê certo rapidamente. “Ansioso para ver o negócio crescer, para ter um emprego, melhorar de emprego. A sociedade está cansada de anos seguidos de crescimento negativo. A reforma da previdência, a tributária, não são reformas ara um Governo, para um parlamentar ou uma empresa, é estrutural para o País. Se a reforma da Previdência não acontecer com o impacto fiscal necessário, daqui 15 anos todo o dinheiro do orçamento vai para pagar a Previdência”, destacou.

“O ano iniciou com bastante otimismo e agora passa a ter mais expectativa. A economia começou com recuperação e perspectiva de obter crescimento razoável. Neste momento ela freia e vira expectativa e isso não é bom. O Congresso tem que ter a consciência de que a maior troca para aprovar uma reforma é o bem do país”, finalizou.

Confira a entrevista completa com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf:

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