Parlamento britânico decide nesta terça (12) se aprova ou não acordo do Brexit

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 12/03/2019 10h14
EFE/Sargento Rupert Frere EFE/Sargento Rupert Frere A União Europeia foi clara ao declarar nesta segunda (11) que não haverá terceira chance para os britânicos

As cartas para a votação do Brexit estão todas na mesa e o parlamento britânico começa a definir nesta terça-feira (12) o futuro do país. Theresa May conseguiu o que já parecia improvável: uma nova concessão vinda por parte da União Europeia.

Os britânicos escovavam os dentes para ir dormir nesta segunda-feira (11) quando saiu a notícia de que May conseguira um compromisso legal em Estrasburgo, na França. Ao lado do presidente da comissão europeia, Jean-Claude Junker, a primeira-ministra anunciou a criação de dispositivos que impedem que o país dela fique atrelado indefinidamente ao bloco europeu.

A possibilidade existia dentro do primeiro acordo no trecho em que trata da fronteira entre República da Irlanda e Irlanda do Norte.

Agora, a questão burocrática – essencial para a paz na região – parece ter sido superada. Algo que, fosse o processo de separação realmente sério, jamais deveria ter se tornado o cavalo de batalha que virou.

A dúvida é se o anúncio feito ontem à noite será suficiente para que o acordo, que em janeiro foi massacrado, agora seja aprovado pelos parlamentares.

A União Europeia foi clara ao declarar ontem também que não haverá terceira chance para os britânicos. Agora é ou vai ou racha. Iremos descobrir isso hoje à noite. Se o texto passar, o Reino Unido irá sair da União Europeia mesmo no dia 29 e poderá começar a olhar para a frente com um pouco menos de incerteza. Mas a chance do acordo não ser aprovado ainda é alta – e neste caso até mesmo a possibilidade do divórcio nunca acontecer não deve ser descartada.

O que evidencia o absurdo da situação: o futuro de uma das maiores economias do mundo, de uma das democracias mais sofisticadas do ocidente, está sendo definido literalmente no apagar das luzes e a toque de caixa. A sensação de que, aconteça o que acontecer, isso não tem como dar certo é inevitável.

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