Paulo Rabello compara BNDES a convento e diz que não faz avaliações posteriores sobre gestão

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2018 10h43 - Atualizado em 12/09/2018 10h44
Derek Flores/Jovem Pan "Diria que compete com o convento em matéria de correção de seu comportamento na liberação de recursos”, disse o economista

Presidente do BNDES por 10 meses, a convite do presidente Michel Temer, o economista Paulo Rabello de Castro, agora vice na chapa à Presidência de Álvaro Dias, rebateu as críticas de corrupção durante sua gestão no banco de fomento.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, ele comparou o BNDES, durante sua administração, ao Convento de Santo Antônio: “diria que compete com o convento em matéria de correção de seu comportamento na liberação de recursos”.

“O que aconteceu no passado pelo qual não respondo porque não fui presidente do BNDES tem que chamar Luciano Coutinho”, defendeu-se sobre as acusações envolvendo o banco de fomento no petrolão. “Duas comissões de apuração interna rigorosíssimas foram abertas pela minha predecessora e foram concluídas sem nenhuma mancha quanto a fraudes e atos ilícitos. Ela que você tem que chamar para fazer avaliação”, completou ao citar Maria Silvia Bastos Marques.

O vice de Álvaro Dias ainda completou que não tem de “ficar fazendo avaliações a posteriori” e citou o relatório final da CPI do BNDES, que foi durante o segundo semestre de sua administração. “E o relatório final nada conseguiu apurar apesar de termos escancarado todas as informações para assessores de senadores. É trabalho de grupo de parlamentares. As CPIs nem todas acabam em pizza”, afirmou.

Sem responsabilizar Luciano Coutinho pela corrupção existente no banco, Paulo Rabello deixou claro que os ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula não são funcionários do BNDES. “A reputação de pessoa pode ser manchada para sempre quando a gente levanta ilações. Lula e Dilma não são funcionários do BNDES. A delação é muito clara. Houve até abertura de conta bancária, segundo delatores, para as figuras máximas do PT lá fora e isso tem que ser apurado”, completou.

Paulo Rabello de Castro aproveitou para citar que foi, também durante a sua gestão, a liberação de recurso para salvar o Museu Nacional. “Você pode dizer que esse foi gesto pró-Cultura, mas arrojado”, disse.

Confira a entrevista completa com o vice na chapa de Álvaro Dias à Presidência, Paulo Rabello de Castro:

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