Por agenda de Bolsonaro em Israel, agronegócio brasileiro teme impactos com países árabes
O agronegócio brasileiro teme a agenda do presidente Jair Bolsonaro em Israel. Após acordos anunciados nos Estados Unidos, que já não agradaram o setor, a expectativa da mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém preocupa o presidente da Associação de Máquinas e Equipamentos Agrícolas (ABIMAQ), Pedro Estevão Bastos.
“Sempre um ponto de atenção. Temos que prestar atenção para a política não prejudicar o negócio”, disse.
Após o anúncio de Bolsonaro, a Arábia Saudita descredenciou frigoríficos brasileiros e cancelou a compra de milhões de toneladas de carnes bovina e de aves.
O vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Francisco Maturro, evitou polêmica ao confiar na promessa da ministra da Agricultura, Tereza Cristina: “essa movimentação diplomática vai se acertar via diplomacia”.
A comunidade árabe considera Jerusalém como a cidade de dois povos; sagrada aos judeus, mas também para os muçulmanos.
Em 20174, a balança comercial do Brasil com os 22 países da Liga Árabe teve superávit de US$ 7 bilhões, e com Israel, o Brasil registrou déficit de US$ 800 milhões.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
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