Pré-candidatos criticam decisão de desembargador que quase libertou Lula

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2018 06h35
EFE/Paulo Fonseca Parlamentares de oposição ao PT também celebraram a manutenção de Lula na prisão

A quase soltura do ex-presidente Lula dividiu opiniões entre os pré-candidatos à Presidência da República.

Geraldo Alckmin (PSDB) disse nas redes sociais que a decisão do desembargador de plantão tumultuaria o processo político-eleitoral e aprofundaria o descrédito das instituições. O tucano elogiou o presidente do TRF-4, Thompson Flores, por ter devolvido a tranquilidade ao país.

Para Álvaro Dias (Podemos), a soltura de Lula anarquizaria o Judiciário e causar indignação na sociedade.

Flávio Rocha (PRB) criticou o processo de aparelhamento do Estado pelo PT.

Quem bateu na mesma tecla foi Jair Bolsonaro (PSL) afirmando que questões ideológicas estão aparelhando o estado.

João Amoêdo (Novo) citou o fato de o desembargador Rogério Favreto já ter sido filiado ao PT.

Marina Silva (Rede) disse que a decisão de um juiz que não é natural da causa não deveria provocar turbulências que coloquem em dúvida a autoridade de decisões como a do STF.

Henrique Meirelles (MDB) afirmou que respeita as decisões de última instância e que o sistema judicial é o pilar da democracia.

Parlamentares de oposição ao PT também celebraram a manutenção de Lula na prisão. Como o líder do DEM na Câmara, deputado Rodrigo Garcia: “causou estranheza o oportunismo de alguns petistas que ingressaram no TRF4 com pedido de soltura do ex-presidente. Mas a justiça prevaleceu e ele continua cumprindo sua pena”.

A favor de Lula, estavam Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL). Para a pré-candidata, se houvesse justiça no país, o petista seria solto. Enquanto Boulos fez críticas ao juiz Sérgio Moro e classificou o dia como “o domingo da vergonha”.

Os petistas também passaram o dia pressionando o juiz Sérgio Moro, a Polícia Federal e o TRF4 a cumprirem a decisão inicial. Para a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, manobras e golpe impediram a liberdade do ex-presidente.

As críticas mais pesadas foram para Moro, como a do deputado Wadih Damous: “Sergio Moro foi transformado no dono do Judiciário. Presidente Lula não é propriedade privada de Moro. Sergio Moro está cometendo crime de desobediência”.

O Palácio do Planalto ficou em silêncio com a situação. Nenhum integrante do Governo federal se manifestou sobre o impasse envolvendo Lula.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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