Prefeito de Mariana diz que multa contra Samarco não beneficia a cidade e pede indenização

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2015 10h09
Mariana (MG) - O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, durante coletiva sobre o rompimento de barragens da mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, zona rural de Mariana, em Minas (Antonio Cruz/Agência Brasil) Antonio Cruz/Agência Brasil prefeito de Mariana

 O prefeito de Mariana, Duarte Junior, recebeu a presidente Dilma Rousseff, que sobrevoou a área da maior tragédia ambiental do Brasil.

Sobre a multa que o Ibama pretende aplicar à mineradora Samarco, que pode chegar à 250 milhões, o prefeito afirma: “A multa é uma penalização, não indenização, mas o que precisa é criar um fundo de indenização para atender quem foi prejudicado. Preciso que a Dilma crie um fundo emergencial imediato”.

Ao ser questionado sobre como serão as operações das mineradoras na cidade após a tragédia, o prefeito comenta sobre a dependência do município em relação a essa atividade: “A Vale continua a operar, com uma produção menor. Muitas pessoas entendem que Mariana não deveria mais ter mineradoras, mas eu discordo. Só a Samarco gera 4 mil empregos”. Ele acrescenta que as atividades da mineração equivalem a 80% da arrecadação e o trabalho com mineradoras é realizado há 50 anos.

Duarte Junior também fala que existe uma diferença entre responsabilidade e culpa: “A Samarco é responsável por tudo que aconteceu, mas a culpa pode ter sido por uma falha na autorização das licenças ambientais, da empresa, por conta de erro humano, da natureza, com o tremor, e isso é o judiciário que vai ter que descobrir”.

Confira a entrevista completa no Jornal da Manhã.

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