Prefeitura de SP adia concessão do estádio do Pacaembu

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2018 06h24 - Atualizado em 17/08/2018 07h19
Divulgação Divulgação A administração chegou a receber as propostas de quatro concorrentes que disputariam a administração do Pacaembu pelos próximos 35 anos

A Prefeitura de São Paulo adiou a concessão do estádio Paulo Machado de Carvalho depois de tentar realizar a abertura dos envelopes sem autorização do TCM. A administração chegou a receber as propostas de quatro concorrentes que disputariam a administração do Pacaembu pelos próximos 35 anos.

Na quarta-feira, o Tribunal determinou por três votos a um que o processo deveria ser paralisado. A Corte entendeu que o edital não deixa claro como as empresas comprovarão capacidade técnica para administrar o espaço.

O município continuou com a competição na manhã de quinta porque alegou que não tinha sido notificado oficialmente pelo órgão. Mas o aviso chegou pouco antes das 11 horas, quando os envelopes seriam efetivamente abertos.

Com isso, a Prefeitura decidiu manter as propostas lacradas e adiar a disputa sem data definida.

O secretário municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit, afirmou que a administração foi surpreendida com a decisão do TCM após várias reuniões com o órgão: “tivemos dezenas de reuniões, republicamos e fizemos acertos sempre de acordo com o Tribunal. Então essa decisão aos 47 do segundo tempo surpreendeu sim”.

O secretário comentou uma declaração do governador Márcio França, que afirmou que o Estado é dono de dois terços da área do complexo e que poderia impedir a concessão. Wilson Poit afirmou que esta é uma questão já superada em conversas anteriores com o Palácio dos Bandeirantes. “Com todo respeito ao governador, mas ele não está respeitando uma negociação que já foi feita com Alckmin, secretários e procuradores do Estado recentemente”, disse.

As ofertas foram apresentadas pelos consórcios Arena Pacaembu e Patrimônio São Paulo e pelas empresas Construcap e WTorre.

O complexo ficará sob gestão da iniciativa privada por trinta e cinco anos. A alteração mais vistosa a ser feita pelo concessionário prevê a derrubada do tobogã e a construção de um prédio que será utilizado de acordo com os interesses do vencedor da disputa. Com isso, a capacidade do estádio passaria de 40 mil para 29 mil espectadores.

*Informações dos repórteres Tiago Muniz e Daniel Lian

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