Presidente do Sincopetro faz alerta: desconfie de postos que estão abastecidos

  • Por Jovem Pan
  • 27/05/2018 11h42 - Atualizado em 27/05/2018 11h53
PAULO LIEBERT/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoa com uma bomba de diesel apontando para a câmera Reajustes acompanham valorização do petróleo no mercado internacional e enfraquecimento do real ante o dólar

Com a chegada do sétimo dia de greve dos caminhoneiros, os postos de São Paulo seguem completamente desabastecidos de gasolina e etanol. Alguns poucos estabelecimentos, porém, dizem que ainda possuem combustível para vender. E devemos ficar atentos com isso. De acordo com José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato Comércio Varejista Derivados Petróleo Estado São Paulo), eles possivelmente estão comercializando produtos adulterados.

“O mercado continua igualzinho. O caminhão não consegue sair da base. Só sai com escolta policial. Os postos estão desabastecidos. Um ou outro vende um produto que a gente nem sabe do que se trata. Um produto que não vem das bases oficiais. É só o que tem no mercado. Não conseguimos comprar produtos até agora. Então estamos fazendo esse alerta. Se a base está fechada, de onde vem esse produto? Que produto é esse? As autoridades têm que verificar para o consumidor não comprar gato por lebre e ter problemas em seu automóvel. Teve um caso de uma pessoa que abasteceu e nem do posto conseguiu sair de tão ruim que era o produto”, disse em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

Ele ressaltou que o caso do etanol, no entanto, tem uma particularidade. Em algumas regiões do estado, principalmente no interior, usinas estão vendendo álcool diretamente para os postos – prática que é proibida, mas que tem acontecido com certa frequência.

Paiva Gouveia, por fim, fez previsões sobre o futuro da greve e da crise de abastecimento. “Para acabar o desespero, creio que de dois a três dias. Nesse tempo o consumidor vai achar o produto. Pode não achar álcool, mas achar gasolina. Ou o contrário. Todos os postos já têm pedidos colocados. Sem exceção. Aí quem define para quem vai primeiro, para quem vai depois, são as distribuidoras”, explicou. “Já para a normalização, cinco a sete dias”.

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