Prisão de Lula foi marcada por ataques e agressões a jornalistas

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2018 09h40 - Atualizado em 09/04/2018 09h41
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo Simpatizante do PT atira ovos no carro do Estadão em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Muito além do cumprimento de uma decisão judicial, os dias que sucederam até a prisão do ex-presidente Lula revelaram uma face triste da polarizada política brasileira: a face da violência.

Desde a ida de Lula ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na noite de quinta-feira (05), dezenas de profissionais da imprensa foram destacados para acompanhar o desfecho de sua prisão.

O fato, por si, é histórico e emblemático, já que “nunca na história do País”, um ex-presidente havia sido preso por crime comum.

A militância, embora em número bem reduzido, compareceu em forma de vigília e protesto contra a decisão do juiz Sérgio Moro.

No entanto, os episódios de intimidação e violência foram numerosos contra os jornalistas de praticamente todos os veículos de comunicação do Brasil. Repórteres, fotógrafos, repórteres cinematográficos e técnicos não foram poupados.

Tentativas de diálogo eram completamente ineficazes e não havia força de segurança para auxiliar a cobertura da imprensa.

Provocado pela rádio Jovem Pan, ao vivo, o secretário Mágino Alves Barbosa Filho prometeu enviar reforço policial para garantir a integridade física dos jornalistas.

A Federação Nacional dos Jornalistas, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Associação Nacional de Editores de Revistas e a Associação Nacional de Jornais, em nota, repudiaram a agressão constante contra jornalistas.

Depois de vários relatos, apenas na noite de sábado o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo resolveu se manifestar oficialmente.

Mesmo com a colaboração de alguns membros na sede do Sindicato do ABC, a direção da entidade que deveria proteger os profissionais politizou o tema, chegando a afirmar que, “para impedir que casos de agressão e tentativas de censura se repitam é preciso que se retome a democracia, o que só será possível com Lula livre”.

*Informações do repórter Fernando Martins

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