Prisão de Lula foi marcada por ataques e agressões a jornalistas
Muito além do cumprimento de uma decisão judicial, os dias que sucederam até a prisão do ex-presidente Lula revelaram uma face triste da polarizada política brasileira: a face da violência.
Desde a ida de Lula ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na noite de quinta-feira (05), dezenas de profissionais da imprensa foram destacados para acompanhar o desfecho de sua prisão.
O fato, por si, é histórico e emblemático, já que “nunca na história do País”, um ex-presidente havia sido preso por crime comum.
A militância, embora em número bem reduzido, compareceu em forma de vigília e protesto contra a decisão do juiz Sérgio Moro.
No entanto, os episódios de intimidação e violência foram numerosos contra os jornalistas de praticamente todos os veículos de comunicação do Brasil. Repórteres, fotógrafos, repórteres cinematográficos e técnicos não foram poupados.
Tentativas de diálogo eram completamente ineficazes e não havia força de segurança para auxiliar a cobertura da imprensa.
Provocado pela rádio Jovem Pan, ao vivo, o secretário Mágino Alves Barbosa Filho prometeu enviar reforço policial para garantir a integridade física dos jornalistas.
A Federação Nacional dos Jornalistas, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Associação Nacional de Editores de Revistas e a Associação Nacional de Jornais, em nota, repudiaram a agressão constante contra jornalistas.
Depois de vários relatos, apenas na noite de sábado o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo resolveu se manifestar oficialmente.
Mesmo com a colaboração de alguns membros na sede do Sindicato do ABC, a direção da entidade que deveria proteger os profissionais politizou o tema, chegando a afirmar que, “para impedir que casos de agressão e tentativas de censura se repitam é preciso que se retome a democracia, o que só será possível com Lula livre”.
*Informações do repórter Fernando Martins
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