Próximo presidente deverá ter crítico cenário da Segurança Pública como uma das prioridades

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2018 07h10 - Atualizado em 03/09/2018 08h01
Valter Campanato / Agência Brasil Valter Campanato / Agência Brasil Com mais de 63,8 mil homicídios no ano passado, é unanimidade entre os candidatos que o cenário da segurança pública no Brasil é crítico

A sensação de insegurança com os altos índices de assassinatos nos Estados criam um grande desafio para a próxima pessoa que comandar o Brasil a partir de primeiro de janeiro de 2019.

Com mais de 63,8 mil homicídios no ano passado, é unanimidade entre os candidatos que o cenário da segurança pública no Brasil é crítico, e que por isso, deve ser uma das prioridades do próximo Governo.

A crise na Venezuela, além de direcionar a atenção dos brasileiros à política externa e à situação das fronteiras, gerou questionamentos sobre as ações do Governo para impedir a entrada de armas e drogas.

No ano passado, nos cerca de 17 mil quilômetros de fronteiras, foram apreendidas mais de duas mil armas de grosso calibre, que tinham como destino, na maioria das vezes, os Estados de Rio de Janeiro e São Paulo, onde os itens são organizados clandestinamente e redistribuídos para outras regiões do país. Apreensões de drogas também são comuns.

Para o secretário Estadual de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, é preciso que o Governo Federal atue em conjunto com os Estados. Ele espera que o próximo presidente coloque de pé o SUSP, o novo sistema Único de Segurança Pública.

Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destacou que a integração policial é fundamental para a redução da violência. Ela ressaltou ainda que o próximo Governo precisa direcionar energias para acabar com a violência contra a mulher.

Outro problema a ser enfrentado é a superlotação dos presídios. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, há no país 729.463 mil encarceradas. O problema é que grande parte das cadeias são dominadas por facções criminosas.

O Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, tem alertado que para reduzir a ação desses grupos, é preciso mudar a política praticada no Brasil. Ele também destacou a importância de se destinar recursos permanentes e crescentes para a Segurança Pública.

Outro desafio para o próximo presidente é ampliar as condições de trabalho dos policiais. Só no ano passado, pelo menos um agente civil ou militar foi assassinado por dia.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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