Receita Federal recupera cerca de R$ 1,5 bilhão em sonegação na operação Ararath

  • Por Jovem Pan
  • 16/06/2018 11h22
Lula Marques/AGPT Lula Marques/AGPT Segundo parecer, as cifras desviadas eram usadas para fins diversos, como corrupção de servidores públicos e financiamento ilegal de campanhas eleitorais

Quase R$ 1,5 bilhão foi sonegado por um grupo de políticos e empresários no MT. Este foi o resultado apontado no relatório final da Operação Ararath da Polícia Federal, que aconteceu entre 2014 e 2018.

A partir dela, foram denunciadas mais de 40 pessoas, incluindo o ministro da agricultura Blairo Maggi (PP).

Os desvios aconteciam por meio de licitações fraudadas com superfaturamento de obras públicas e negociação de precatórios e créditos de impostos estaduais.

Segundo o parecer, as cifras desviadas eram usadas para fins diversos, como corrupção de servidores públicos e financiamento ilegal de campanhas eleitorais.

Coordenador operacional de fiscalização, o auditor fiscal Sérgio Savaris afirma que ficou clara a lavagem de dinheiro.

“Principal característica de movimentação de recursos ilícitos é a lavagem de dinheiro. então, podemos afirmar que em todos esses recursos sempre teve uma fase da lavagem de dinheiro, seja ocultação ou alocação desses recursos”, apontou Sérgio.

De acordo com a PF, havia um conluio entre o grupo político e o empresarial do esquema. eles mantinham um sistema do tipo conta corrente, onde o dinheiro estava sempre entrando e saindo em rotação permanente de recursos.

Cerca de 10% das multas, que somam R$ 1,5 bilhão, são de pessoas físicas e o resto de empresas. Mais de 300 milhões já foram recuperados em bens dos acusados, além de 228 milhões de colaborações premiadas.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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