Reforma da Previdência que será enviada ao Congresso incluirá regime de capitalização

  • Por Jovem Pan
  • 09/01/2019 06h07 - Atualizado em 09/01/2019 10h00
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes A informação foi do ministro da Economia, Paulo Guedes

A Reforma da Previdência que será enviada ao Congresso vai ter um novo tipo de regime para as aposentadorias: o de capitalização. A informação foi do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Na capitalização, o trabalhador financia uma espécie de poupança, para receber esse dinheiro ao se aposentar. O regime atual é o de repartição, em que os contribuintes da ativa pagam os benefícios de quem está aposentado.

Após uma reunião com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes disse que a proposta do Governo vai ter que diminuir o déficit do modelo em vigor ao mesmo tempo em que cria um novo.

“Estamos tentando salvar as futuras gerações. É um movimento duplo: salvar a Previdência que está aí, mas, ao mesmo tempo, criar um regime trabalhista e previdenciário”, explicou.

Ainda são discutidos detalhes da proposta, como a idade mínima para aposentadoria, e se o texto que já tramita na Câmara, enviado pelo ex-presidente Michel Temer, vai ser aproveitado. O ministro Paulo Guedes considera a reforma do atual governo mais robusta: “estamos fazendo algo da mesma profundidade, embora o de capitalização seja mais robusto. Estamos trabalhando para as futuras gerações”.

O ministro Onyx Lorenzoni fez um aceno ao mercado ao dizer que a proposta vai solucionar o problema da Previdência por vinte anos: “será uma proposta humana, respeitando as pessoas e dando a condição para que ela tenha trânsito no Congresso Nacional”.

O texto deve ser avaliado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana que vem. Depois, ele passa por nova análise da equipe econômica, até que se chegue à versão final no início de fevereiro.

Uma medida provisória para combater fraudes e privilégios no sistema previdenciário deve ser levada hoje ao presidente Bolsonaro. De acordo com o ministro Paulo Guedes, ela pode levar a um ganho de até R$ 20 bilhões por ano.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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