Relação entre EUA e Grã Bretanha está abalada após vazamento de emails

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 09/07/2019 09h24 - Atualizado em 09/07/2019 10h13
EFE Donald Trump confirmou que não pretende mais trabalhar com o embaixador britânico e atacou Theresa May

O governador paulista, João Doria, está aqui na Inglaterra nesta semana buscando investimentos estrangeiros para o estado. Nesta terça-feira (9) ele está em Cambridge para uma reunião com investidores da área farmacêutica. Doria recebeu investidores de diversas áreas ontem na embaixada do Brasil aqui em Londres para falar do plano de desestatização do estado de São Paulo.

Em resumo, a ideia é vender tudo que for possível – 22 aeroportos regionais, o porto de São Sebastião, rodovias, linhas do metrô e também a SABESP, que é um assunto um pouco mais delicado já que a privatização total da empresa de saneamento depende de mudanças nas leis federais.

Mas é claro que os investidores estrangeiros aguardam a definição da reforma da Previdência, que para o governador já está em sua reta final.

João Doria também transmitiu aos investidores aqui do Reino Unido otimismo em relação a reforma tributária, que na visão dele deve caminhar rapidamente no congresso por conta do compromisso do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com o assunto.

Em outro destaque por aqui, as relações diplomáticas entre Estados Unidos e Grã Bretanha ficaram bastante abaladas nas últimas horas depois do vazamento de emails confidenciais do embaixador britânico em Washington.

Nas comunicações divulgadas por um jornal londrino no final de semana, o diplomata Kim Darroch qualifica administração Trump como inapta.

O chefe da Casa Branca, evidentemente, não gostou nada do teor das conversas e foi ao tuíter confirmar que não pretende mais trabalhar com o embaixador britânico. Trump ainda atacou a primeira-ministra Theresa May e a condução dela do Brexit.

O governo de Londres ressaltou agora há pouco que apoia seu diplomata e que não pretende nomear outra pessoa para o posto – o que na prática significa que a bomba ficará no colo do próximo primeiro-ministro, a ser definido até o final deste mês de julho.

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