Restauração de fachada deve ficar pronta em até 10 dias, diz diretor do Pátio do Colégio

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2018 08h55
Fábio Vieira/Estadão Conteúdo Iniciada nesta segunda-feira (16), a restauração da fachada não contará apenas com uma cobertura da pichação onde está escrito “Olhai por nois”, e sim com uma reparação completa

A restauração da fachada do Pátio do Colégio, pichada na última semana, deve demorar até 10 dias para ser finalizada. A expectativa é do diretor do marco histórico no centro da cidade de São Paulo, Padre Carlos Alberto Contieri, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã.

Iniciada nesta segunda-feira (16), a restauração da fachada não contará apenas com uma cobertura da pichação onde está escrito “Olhai por nois”, e sim com uma reparação completa. Segundo o padre, “diante da pichação não era possível passar tinta branca por sobre a tinta vermelha da pichação. Será preciso remover as camadas que vão se soltando e nas partes em que estiver mais forme será preciso lixar a parede para devolver a ela a cor que tinha antes da pichação”.

Já as esquadrias da janela e os azulejos pichados terão um tratamento especial para que não prejudique ainda mais as esquadrias de madeira.

Tombado como patrimônio histórico, o Pátio do Colégio conta com ajuda de voluntários para realizar a recuperação da fachada. “É doação feita ao Pátio do Colégio. Na terça-feira (10), quando a pichação saiu nas mídias, um número grande de pessoas nos telefonaram e vieram aqui oferecer seu trabalho”, disse o diretor.

Responsáveis pela pichação

Um casal suspeito de pichar a fachada do Pátio do Colégio, na região central de São Paulo, foi preso na noite desta quinta-feira (12). Segundo a Secretaria de Segurança, o casal também seria responsável por pichações em outros pontos turísticos, como o monumento das Bandeiras e o Museu de Arte de São Paulo.

João Luís Prado Simões França, de 33 anos, e Isabela Tellerman viana, de 23, confessaram a participação no crime. O homem, conhecido como M.I.A, (“Massive Ilegal Arts” – Artes Ilegais de Massa, numa tradução livre), considerado o líder do grupo pela polícia, confessou ter participado de outras pichações pela cidade, como os atos no Monumento às Bandeiras e na estátua do Borba Gato, em 2016, e o Estádio do Morumbi, em 2017.

Por ser considerado um crime ambiental de natureza leve, os envolvidos podem ter a pena convertida pela Justiça em prestação de serviços. Segundo o delegado Marcos Galli Casseb, a ação de França pode resultar em prisão, caso o Poder Judiciário decida somar as penas das pichações que ele já cometeu. A Prefeitura de São Paulo ainda pode multar os envolvidos em R$ 10 mil.

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