São Paulo tem merenda até 2ª, ônibus até 3ª e cirurgias eletivas suspensas

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2018 12h11 - Atualizado em 28/05/2018 12h14
ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO "Não é ainda o momento de decretação de feriado municipal porque os serviços essenciais mínimos estão garantidos", afirmou Covas

O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) fez um novo balanço no final da manhã desta segunda-feira (28) sobre a situação dos serviços públicos essenciais da capital paulista com a crise de abastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros. Covas também fez um “apelo” para que os caminhoneiros voltem a trabalhar pois há um “problema grave na cidade”.

Covas informou que a estimativa da Fazenda do Município é que São Paulo já perdeu entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões em arrecadação de impostos, como ISS e repasses de PIS-Cofins, devido à paralisação nacional.

Cirurgias

As cirurgias eletivas estão suspensas em São Paulo. Segundo Covas, elas correspondem à metade dos procedimentos agendado pelo equipamento municipal de Saúde. Estão mantidas apenas as cirurgias emergenciais. O objetivo é “racionalizar” insumos e roupas utilizadas pelas equipes médicas.

Ônibus

Os ônibus paulistanos funcionam com 68% a 70% da frota nos horários de pico e 60% no horário de entrepico. A mesma porcentagem está garantida até esta terça (30).

A partir de quarta-feira, não há garantia ainda.

Merenda e gás

A merenda das escolas paulistanas é uma “questão ainda não resolvida”, assume Covas. Há alimentos garantidos apenas para esta segunda. “Ainda estamos levantando insumos alimentares e gás de cozinha para que a gente não tenha desabastecimento da merenda a partir de amanhã (terça)”, informou o Prefeito.

Coleta de lixo

A coleta seletiva segue suspensa na capital paulista.

Ausência de funcionários

A Prefeitura já observa um grande “absenteísmo”, falta de profissionais a seus serviços, especialmente de professores e alunos na rede municipal de ensino e de médicos e enfermeiros em UBSs, postos de saúde, UPAs e hospitais municipais.

Educação

A manifestação de perueiros de vans que ocorre nesta segunda (28) em São Paulo não afeta a rede municipal de ensino, disse Covas. As escolas mais afetadas pelo movimento são as particulares.

“A grande parte das manifestações no dia de hoje é relacionada a transporte da rede privada, por isso não impacta números gerais da rede municipal de ensino”, disse.

Postos para serviços essenciais

A Prefeitura abastece três postos na capital para abastecer os veículos oficiais. Além deles, podem agora encher o tanque nos locais carros da Eletropaulo e da Comgás, destacou o prefeito. Covas disse que está “tentando ampliar de 3 para 16 postos de combustíveis para dar capilaridade a essa rede” ainda nesta segunda.

Monitoramento

Covas disse que a Prefeitura “monitora” toda rede de abastecimento de combustíveis e também de alimentos, como o suprimento de supermercados e sacolões.

“Estamos monitorando se há crise de abastecimento em hospitais privados e farmácias”, disse ainda o Prefeito. “O comitê de crise está ampliando seu leque de avaliação para além dos serviços essenciais prestados pela Prefeitura”, afirmou.

Covas retificou que está suspensa qualquer restrição de circulação de caminhões na capital paulista e se colocou à disposição dos governos estadual e federal.

Feriado

Covas disse que não há necessidade agora, mas não descartou eventual decreto de feriado na cidade. “A decretação de feriado municipal é medida extrema a ser decretada pela Prefeitura”, disse Covas, destacando o impacto da medida na atividade econômica da cidade.

“Não é ainda o momento de decretação de feriado municipal porque os serviços essenciais mínimos estão garantidos”, afirmou Covas, citando

“A ordem está garantida na cidade de são paulo”, reiterou. “Mas estamos a todo momento monitorando a situação, para que possa, se for o caso, adotar medidas que, nesse momento não são necessárias”.

Apelo ao “bom senso”

Covas concluiu sua fala pedindo para que os caminhoneiros voltem a trabalhar e chamou de “oportunista” qualquer ato de outra classe que tente “pegar carona” na greve.

Ele fez um apelo “em nome de toda a poulação da cidade de São Paulo” a todo o mvimento grevista para “voltar a trabalhar” e “cessar com essa manifestação”, citando a perda de arrecadação da capital de até R$ 150 milhões, em serviços que deixaram de ser prestados em educação, saúde, cultura, assistência, esporte, etc, “fora todo o prejuízo para a economia da cidade”.

“(A situação) é tão grave que a Prefeitura declarou estado de Emergência”, lembrou Covas.

Assista à entrevista coletiva completa de Bruno Covas:

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