Ana Amélia valoriza “espontaneidade” do movimento dos caminhoneiros

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2018 12h16 - Atualizado em 26/05/2018 12h18
Divulgação/Site Oficial "Ela foi muito corajosa", disse sobre a candidata da Rede

No sexto dia seguido de greve dos caminhoneiros no país, a senadora Ana Amélia (PP-RS) deu uma entrevista exclusiva à Jovem Pan em que defendeu a ação “pacífica” dos trabalhadores e valorizou o caráter, segundo ela, “espontâneo” do movimento.

“Penso que a força do movimento se deu pela espontaneidade, pela maneira com que atuaram os líderes, especialmente em meu estado, o Rio Grande do Sul, em que a maioria dos caminhoneiros são autônomos. O movimento de lá foi inteiramente pacífico, não houve nenhuma manifestação violenta, tudo de respeito. O que sobressai é que ele aboliu e rejeitou qualquer interferência político-partidária. Considero isso extremamente positivo. A bandeira do Brasil foi a bandeira do movimento”, declarou.

A senadora disse reconhecer os prejuízos que resultaram desse período de bloqueio de rodovias – que desencadeou inclusive ações imediatas do Governo e do STF, que autorizaram o uso das Forças Armadas e a aplicação de multas. Ela citou, por exemplo, as consequências para a economia no setor de exportação e a paralisação de serviços essenciais. Mesmo assim, acredita que o recado dos manifestantes é mais importante.

“Eu reconheço que as consequências para a economia são de prejuízo, mas o que sobressai é a mensagem que a categoria dá à sociedade brasileira. Aquela máxima de que ‘o gigante enfim acordou’ para protestar contra a carga tributária abusiva e a corrupção. Como políticos temos que levar essa lição para frente (…). Os motoristas autônomos ainda não se sentiram representados. O governo precisa com urgência chamar as lideranças e ampliar o diálogo. Talvez tivesse resolvido assim sem a medida extrema da intervenção”, completou, fazendo referência ao pedido dos grevistas de corte dos impostos sobre os combustíveis.

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