Sete a cada 10 voos de táxi aéreo são feitos por “companhias piratas”

  • Por Jovem Pan
  • 30/07/2018 07h44 - Atualizado em 31/07/2018 15h47
Jovem Pan São Paulo, por exemplo, possui a segunda maior frota de helicópteros do mundo, perdendo apenas para Nova York, nos Estados Unidos

Um número alarmante está chamando a atenção. Quem olha para os céus no Brasil nem imagina que sete a cada 10 voos de Táxi Aéreo são feitos por chamadas “companhias piratas”. O índice assusta agentes deste ramo de atividade e usuários do transporte.

São Paulo, por exemplo, possui a segunda maior frota de helicópteros do mundo, perdendo apenas para Nova York, nos Estados Unidos. Um montante bastante expressivo, dentro de uma área que cresce de forma robusta apesar da turbulência recente devido a recessão.

O esquema funciona da seguinte forma: proprietários de aeronaves particulares, mancomunados com pilotos, realizam fretamentos, o que é uma prática ilegal, tudo isto para que elas não fiquem ociosas.

O presidente da Associação Brasileira de Táxi Aéreo Jorge Bitar apontou que apesar da Agência Nacional de Aviação Civil fazer um trabalho de inteligência, o país assiste a uma concorrência desleal e que leva à insegurança.

O professor de Aviação Civil, Valter de Assis Mirota Filho, alertou para o fato de que as empresas de Táxi Aéreo passam por inspeções rotineiras e até mesmo de surpresa, o que não ocorre no mercado informal. Ele enfatizou ainda que na porta da aeronave, seja um avião ou helicóptero, deve constar a palavra Táxi Aéreo.

Até famosos não escapam. Recentemente, segundo a entidade, a cantora Anitta foi flagrada dentro de uma aeronave clandestina.

Na visão de Bittar o panorama só será revertido se houver um aperto na legislação do setor através da criminalização.

Enquanto as regras não se tornam mais rigorosas com o negócio paralelo, resta aos clientes ficarem mais do que atentos para não cair em arapucas.

*Informações do repórter Daniel Lian

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