Setor de incorporações imobiliárias concentra lançamentos no Minha Casa, Minha Vida

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2017 06h53
Agencia Brasil Agencia Brasil A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas aponta que 76% das construções de 2010 e 2016 foram dentro do programa

Setor de incorporações imobiliárias concentra lançamentos em empreendimentos residenciais do Minha Casa Minha Vida nos últimos sete anos.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas aponta que 76% das construções de 2010 e 2016 foram dentro do programa.

No mesmo período, residências de médio e alto padrão foram 21% dos lançamentos e imóveis comerciais representaram pouco mais de 1% do montante.

O pesquisador da Fipe, Eduardo Zylberstajn, alerta que o mercado teria bem mais dificuldades sem o Minha Casa Minha Vida: “na ausência do programa o mercado seria certamente menor. Que o País precisa de política habitacional não tem dúvida, mas ao mesmo tempo é importante que se discuta a sustentabilidade de um programa desse tamanho”.

Ao longo desses sete anos, o pico da atividade construtiva aconteceu em 2014 com 48 milhões de metros quadrados entregues.

Já nos últimos dois anos, o mercado apresentou forte retração e, em 2016, a construção baixou para níveis inferiores a 2010.

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias disse que já há indicadores apontando um começo de recuperação em 2017.

Luiz Felipe França afirmou que, em geral, o setor imobiliário tende a ter um crescimento mais expressivo que o PIB nacional em cenários de recuperação: “no mundo inteiro, quando você tem taxa de juros abaixo de dois dígitos, nível de desemprego menor e bom marco regulatório, a indústria de incorporação começa a crescer e cresce muito mais que o crescimento do PIB de cada país”.

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias disse que as empresas também querem mudanças na lei do distrato.

França destacou que o atual marco regulatório dificulta a realização de novos lançamentos ao colocar um cenário imprevisível para o setor.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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