Situação da Vale ficou comprometida, alerta presidente da CPI de Brumadinho após sessão na ALMG

  • Por Jovem Pan
  • 27/03/2019 09h27
Sarah Torres/ALMG “A situação da Vale ficou comprometida com as primeiras participações que tivemos na CPI nesta semana”, disse Gustavo Valadares

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) criou uma CPI para apurar o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Nesta segunda-feira (25), delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil foram ouvidos e, segundo o presidente da comissão, o deputado estadual Gustavo Valadares (PSDB), “ficou claro que há culpados” no que ele chamou de “crime”.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Valadares explicou que os trabalhos na CPI foram divididos em duas etapas. A primeira para ouvir policiais, Ministérios Públicos e envolvidos na força-tarefa.

“Nessa primeira etapa ouvimos dois delegados, da Polícia Federal e da Polícia Civil, que estão com inquéritos avançados. Depois dessa conversa, do debate, ficou claro para nós, os sete membros da CPI e sete suplentes, de que há culpados e isso foi crime cometido contra o meio ambiente e mais de 300 vidas”, disse. “A situação da Vale ficou comprometida com as primeiras participações que tivemos na CPI nesta semana”.

Questionado se houve inépcia da Vale no caso da barragem em Brumadinho, o presidente da CPI concordou. “Houve, porque pelos depoimentos, em especial do delegado da PF, desde julho já tinham documentos que comprovavam que a barragem se encontrava em situação temerária. Depois em janeiro, dois dias antes do acontecido teve avisos”.

Para Gustavo Valadares, “o mínimo” que a Vale poderia ter feito era atuado em defesa das vidas humanas que trabalhavam logo abaixo da barragem, como os funcionários da empresa.

Confira a entrevista completa com o presidente da CPI de Brumadinho na ALMG, Gustavo Valadares:

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