‘Superfã de Trump’, que enviou bomba a Obama, Clinton e De Niro, é condenado a 20 anos de prisão
O americano que enviou bombas caseiras para o ex-presidente Barack Obama e outros democratas foi sentenciado a 20 anos de prisão. Os advogados de Cesar Sayoc alegaram que ele sofre de uma doença mental não tratada combinada com o uso de esteroides.
A equipe afirmou que essa combinação o tornou obsessivo e paranoico e que, na própria obscuridade, ele encontrou luz no presidente Donald Trump. Sayoc era um defensor do republicano nas redes sociais, acompanhava os livros de auto-ajuda e assistia religiosamente ao Fox News, canal conhecido por apoiar o chefe de Estado.
De acordo com os advogados, ele foi influenciado principalmente pelas críticas de Trump aos oponentes. A defesa disse que o envio das bombas foi parcialmente motivado pela adoração ao republicano, mas que se tratavam apenas de ameaças.
A procuradoria havia pedido prisão perpétua e completou que o FBI concluiu que, mesmo feita para não funcionar, a bomba poderia causar grandes danos.
Na decisão desta segunda (5), a Justiça entendeu que, apesar de Sayoc não ser especialista em bombas, ele era capaz de construir um dispositivo que de fato poderia explodir. Por outro lado, o Tribunal Federal em Manhattan concordou com a defesa e afirmou que o homem conscientemente decidiu criar um aparato que não funcionaria.
Descrito pela própria defesa como “superfã” do atual presidente dos Estados Unidos, Sayoc construiu 16 pacotes-bomba e enviou para 13 pessoas.
Além de Barack Obama, as vítimas incluem a ex-candidata à presidência Hilary Clinton, o ex-vice-presidente Joe Biden, a rede de TV CNN, o ator Robert De Niro e importantes políticos do partido Democrata – todos considerados inimigos de Donald Trump.
Cesar Sayoc se declarou culpado em março. Ele afirmou que se arrependeu de ter enviado os pacotes e disse que passará o resto da vida pedindo desculpa às vítimas.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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