Três brasileiras passam a integrar Rede Gulmakai, iniciativa do Fundo Malala

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2018 06h42
Rovena Rosa/Agência Brasil malala A Rede Gulmakai patrocina homens e mulheres que incentivam ou promovem a educação de meninas em vários países

A paquistanesa Malala Yousafzai anunciou, nesta terça-feira (10), que três brasileiras passarão a integrar a Rede Gulmakai, uma iniciativa do Fundo Malala que patrocina homens e mulheres que incentivam ou promovem a educação de meninas em vários países.

A coordenadora adjunta da Ação Educativa, Denise Carreira, foi uma das escolhidas.

A organização, fundada em 1994, tem o objetivo de “promover os direitos educativos e da juventude, tendo em vista a justiça social, a democracia participativa e o desenvolvimento sustentável no Brasil”.

Denise Carreira, que também coordena a Campanha “Direitos Valem Mais”, explicou a importância de receber o convite para integrar o projeto ao Fundo de Malala, símbolo da luta pela educação: “esse convite vem em momento importante para o País. Porque ela é grande símbolo contra a intolerância, perseguições e fundamentalismo que tentam calar a opinião e a discussão sobre os direitos das meninas e mulheres. E no Brasil vivemos momento muito difícil de intolerância”.

Ela ressaltou que o convite também ressalta a importância da discussão de gênero em todo o país. Além do “Ação Educativa”, realizado em São Paulo, outros dois projetos integrarão a Rede Gulmakai. O movimento Infanto-juvenil de Reivindicação, presidido por Sylvia Siqueira Campos, em Recife, e a Associação Nacional de Ação Indigenista, coordenado por Ana Paula Ferreira de Lima, na Bahia.

Atualmente, a Rede Gulmakai financia o trabalho de 22 ativistas em prol da educação de meninas no Afeganistão, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão e Turquia. Gulmakai era o pseudônimo que Malala usava quando tinha apenas 11 anos e escrevia um blog em Urdu para a BBC sobre os desafios que as garotas enfrentavam para conseguir estudar no Vale do Swat, no Paquistão.

Aos 15 anos, Malala foi baleada na cabeça pelo grupo terrorista Talibã, por enfrentar o direito das meninas de frequentar às salas de aula. Hoje, ela percorre o mundo lutando para que as garotas tenham acesso à educação.

*Informações da repórter Natacha Mazzaro

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