“Vacina não pode levar à gripe”, explica coordenador da Secretaria de Saúde

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2018 11h43 - Atualizado em 09/06/2018 11h47
Elza Fiúza/Agência Brasil Elza Fiúza/Agência Brasil Secretaria de Saúde de São Paulo pretende vacinar 10,7 milhões de pessoas contra a gripe

Em São Paulo o número de mortes relacionadas a gripe triplicou no mês de maio, na comparação com o início do ano. Na capital, a campanha de vacinação, cuja meta era vacinar 10,7 milhões de pessoas, será realizada até a próxima sexta-feira (15). No entanto, ainda há algumas informações desencontradas dando conta de que a vacina provoca reações.

Em entrevista à Jovem Pan, o coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual de Saúde, Dr. Marcos Boulos, explica que tudo não passa de “fake news” e vacina não causa nenhuma intercorrência. “Vacina não pode promover gripe. Não é o vírus que vai ser injetado e levar à gripe. As pessoas confundem muito gripe com resfriado comum, que é outro vírus. A gripe é uma doença febril enquanto no resfriado não se tem quadro”, explicou.

O médico salienta que algumas pessoas podem desenvolver a gripe mesmo vacinadas, visto que a vacina não protege 100%. “Certamente, essas terão uma gripe de menor intensidade”, reafirma.

Até o momento foram vacinadas 8 milhões de pessoas, cerca de 2 milhões a menos do que o esperado, porém a secretaria de Saúde acredita que a adesão não tem sido baixa. “A vacinação tem seguido um padrão normal, mas há alguns grupos especiais que preocupam porque não atingimos uma cobertura adequada. Incluindo crianças de 6 meses a 5 cinco anos e gestantes”, disse Boulos.

“Felizmente, a epidemia não atingiu níveis muito grandes como em anos anteriores, mas se ela vier com uma quantidade muito grande, as doenças podem vir com maior intensidade e gravidade”, salientou o Dr. Marcos Boulos.

A secretaria de Saúde garante que não faltará vacinas aos chamados grupos de riscos, entre eles crianças (6 meses a 5 anos), idosos, gestantes, lactantes, portadores de doenças crônicas e portadores de doenças respiratórias. Além de professores, profissionais de saúde e detentos.

A lista de Postos de Saúde credenciados está disponível no site: www.saude.sp.gov.br. O especialista confirmou também que não é necessário buscar a vacina em clínicas particulares.

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