Venezuelanos enfrentam longas filas na reabertura dos bancos
As agências bancárias da Venezuela tiveram filas enormes nesta terça-feira (21) durante o dia todo. Isso porque com a implementação da nova moeda, o bolívar soberano, os bancos ficaram fechados no final de semana e só reabriram nesta terça.
A população, que num primeiro momento foi direto para os supermercados estocar alimentos, correu para obter as novas notas.
O bolívar soberano terá o corte de cinco zeros na moeda local. Para o coordenador do curso de Relações Internacionais da FMU, Manuel Furriela, não adianta cortar os 5 dígitos se não houver um ajuste fiscal.
O conjunto de medidas para tentar conter a hiperinflação inclui também a vinculação do bolívar soberano a uma criptomoeda lastreada em suas reservas de petróleo, o petro. O valor fixado foi de 3,6 mil novos bolívares para cada petro, que vale cerca de 60 dólares.
Para Manuel Furriela, uma manobra um tanto quanto arriscada. Ele disse ainda que a crise está ligada à má-gestão de Nicolás Maduro e que as medidas anunciadas por ele não vão aliviar a hiperinflação, que segundo o FMI deve chegar a um milhão por cento neste ano.
*Informações do repórter Victor Moraes
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.