Vício em jogos eletrônicos entra na mira da OMS e integra lista oficial de distúrbios psiquiátricos

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2017 11h57 - Atualizado em 05/07/2017 11h59
Valter Campanato/Agência Brasil Os jogos, muitas vezes, são uma "cola social", servindo para aproximar as pessoas, criando uma vida virtual paralela ao mundo físico

Quando você menos espera, o que começa como uma brincadeira, uma mera distração, passa a ocupar tanto tempo na sua vida que te domina. É assim que acontece com o vício em jogos eletrônicos, algo que até pouco tempo atrás era visto como inofensivo.

Mas o fenômeno cresceu, pessoas em todo o mundo estão sendo atingidas e a Organização Mundial da Saúde está agora em alerta.

Cristiano Nabuco, coordenador do Programa de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, explicou os riscos ocultos e que agora passarão a ser observados com maior rigor pela sociedade, uma vez que o vício em jogos eletrônicos passa agora a integrar a lista oficial de distúrbios psiquiátricos.

“Vejo, ainda que tardio, com bons olhos a inclusão dessa nova categoria no sentido de que isso começa a ajudar a população a entender que existe transtorno psicológico e psiquiátrico de problemas”, explicou.

Cristiano Nabuco disse ainda que os jogos, muitas vezes, são uma “cola social”, servindo para aproximar as pessoas, criando uma vida virtual paralela ao mundo físico, que pode ser atraente no começo, mas traz sérios perigos.

O especialista alertou para pequenos comportamentos que indicam que algo está errado, como por exemplo abdicar de atividades do cotidiano para jogar.

Mas o alerta mais importante é este: no mundo digital, os games são apenas a ponta do iceberg, é preciso observar o comportamento geral, nas redes sociais, em diversas plataformas e dispositivos. E, acima de tudo, perceber que há limites que devem ser respeitados.

*Informações do repórter Carlos Aros

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