Com texto aprovado no Senado, SUS da segurança Pública segue para análise de Temer

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2018 14h47
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Susp vai englobar as polícias federal, rodoviária, civil, militar, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais, criando estratégias comuns para a prevenção e o controle de crimes

O SUS da segurança pública, que integra dados e atuação de órgãos do setor no País, é promessa antiga e depende do apoio dos estados para dar certo.

O texto do projeto foi aprovado pelo Senado e agora segue para análise do presidente Michel Temer.

O Susp vai englobar as polícias federal, rodoviária, civil, militar, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais, criando estratégias comuns para a prevenção e o controle de crimes. O projeto prevê ainda a unificação dos registros de ocorrências de todo o sistema.

Presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima considera a medida um avanço, mas pondera que o projeto sozinho não será suficiente para resolver o problema da segurança pública.

“Hoje, vivemos um sério dilema de governança. Não há nenhum tipo de órgão com competência legal para coordenar esforços federativos, entre União, Estados e municípios, e republicanos, entre poderes executivo, legislativo e judiciário. O projeto ajuda nessa direção de coordenação, mas ainda não coloca todos os atores dessa área em uma mesma mesa para conversar e estabelecer padrões comuns”, afirmou Renato.

Já o professor da Universidade Federal Fluminense, Daniel Andrés Raizman, especialista em criminalidade, avalia que o SUS do setor deve ser ampliado e não pode focar apenas na repreensão dos criminosos, mas sim em sua reinserção na sociedade.

“Acredito que é uma preocupação importante da classe política sobre esse tema, o que se demonstra com o tratamento tão rápido do projeto. Acredito que, em particular a situação do RJ, tão urgente, vai colocar um ritmo acelerado no envolvimento desse projeto em uma realidade dentro das diretrizes e atuações do poder executivo”, apontou Daniel.

O Ministério da Segurança Pública, comandado por Raul Jungmann, será responsável pela gestão do sistema integrado.

*Com informações do repórter Thiago Uberreich

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