Confiantes na concretização do negócio, Boeing e Embraer defendem acordo de fusão

  • Por Jovem Pan
  • 17/07/2018 15h13 - Atualizado em 17/07/2018 15h15
Antônio Milena/ABR Na semana passada, sindicatos de trabalhadores da Embraer mantiveram a postura contrária ao negócio

As cúpulas de Boeing e Embraer defenderam o acordo para a venda da principal divisão da fabricante brasileira de aeronaves comerciais para o grupo norte-americano e afirmaram que estão confiantes de que conseguirão aprovação junto as autoridades do Brasil e dos Estados Unidos para que o compromisso seja selado o mais rápido possível.

Na semana passada, sindicatos de trabalhadores da Embraer mantiveram a postura contrária ao negócio.

Apesar disto, o presidente-executivo da companhia, Paulo Cesar de Souza e Silva, não prevê que alguém possa caminhar contra a parceria, que segundo ele só trará benefícios.

O Coordenador do Curso de Fusões da Fundação Getúlio Vargas, Oscar Malvessi engrossa o coro enfatizando que o ganho será bastante expressivo.

“Claro que as empresas competem entre elas, sempre competiram. mas a Boeing é a Boeing. Então, eu acho que isso é muito favorável para o País, para a Embraer, porque ela vai crescer, vai absorver tecnologias que hoje ela não tem. Ela é excelente, a Embraer é “seis estrelas” no Brasil, mas ainda pode crescer muito após juntar com a Boeing”, disse Malvessi.

Sobre a preocupação dos funcionários, ele indica que a Boeing dará todo o suporte à Embraer assegurando que a Joint Venture tenha êxito.

“No momento em que uma empresa assume outra, é claro que algumas coisas vão mudar. Vejo que, no médio prazo, essa pequena mudança que pode ocorrer no curto prazo, vai ser muito mais do que compensada no longo prazo, porque a Embraer vai dobrar de tamanho, no mínimo, vai ter suporte, tecnologia e dinheiro para fazer negócios, com muito mais fôlego do que tem hoje. Temos que olhar o que vai acontecer daqui cinco, dez anos. No final das contas, a empresa é para longo prazo, não é para o mês que vem”, finalizou.

Antes mesmo de ser concretizada a criação da nova empresa avaliada em quatro vírgula setenta e cinco bilhões de dólares, a parceria já rende frutos.
A companhia norte-americana United Airlines encomendou vinte e cinco aviões ERJ cento e setenta e cinco, num pedido de valor superior a 1 bilhão de dólares.
A mesma empresa ainda solicitou quatro novas aeronaves modelo sete oito sete novecentos da Boeing.

*com informações do repórter Daniel Liam

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