‘Ele era aquele tipo de gente que faz bem estar perto’, diz colega de Boechat

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2019 17h00
Divulgação/Band O jornalista Rafael Colombo era colega de Ricardo Boechat no Grupo Bandeirantes

O jornalista Rafael Colombo, do Grupo Bandeirantes, lamentou a morte de Ricardo Boechat, nesta segunda-feira (11). “Não consigo nem explicar o clima por aqui, mistura de choque com tristeza. Não faz nenhum sentido o que aconteceu”, contou em entrevista ao Jornal Jovem Pan.

Rafael lembrou dos momentos de Boechat na redação. “Ele era um cara muito alegre, muito disposto a conversar, gostava de um papo”, disse. “Ele era aquele tipo de gente que faz bem estar perto. A sensação que a gente tinha com ele aqui é que nunca era trabalho”, desabafou.

Ricardo Boechat morreu no começo da tarde deste segunda, depois de ter feito o jornal na rádio BandNews FM. À noite, ele ainda apresentaria o “Jornal da Band”, na TV. Mesmo com a morte do âncora, a equipe do telejornal segue trabalhando na edição desta noite. “Como imaginar uma edição do ‘Jornal da Band’ com o Boechat morto depois de ter trabalhado de manhã? Não faz o menor sentido”, contou Colombo.

O jornalista ainda contou que Boechat era tratado “com a reverência merecida” na Band, mas era um cara simples. “A família dele estava sempre aqui, as filhas pequenas estavam aqui de duas a três vezes por semana, era um convívio muito próximo”, lembrou. “Nós tínhamos consciência da importância e relevância dele, mas no papo de corredor era como qualquer um”, explicou Rafael Colombo.

“Ele era um cara um pouco distraído”, continuou o jornalista. “Ele tinha um carro muito simples, popular, todo arrebentado, mal cuidado, sujo, todo riscado”, afirmou, dizendo que as pessoas ficavam incrédulas que um jornalista tão importante como ele tinha um carro mal cuidado.

Para Rafael Colombo, a comoção com a morte de Boechat mostra a importância que ele teve para o jornalismo. “Ele conseguiu consolidar uma figura que hoje faz com que ele seja lembrado por políticos de todos os partidos, figuras de todos os poderes e jornalistas de emissoras concorrentes”, resumiu.

Veja abaixo a entrevista de Rafael Colombo ao Jornal Jovem Pan:

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