Eunício minimiza derrota que reprova mudanças na meta fiscal
Na última quarta-feira (30), o Congresso não conseguiu concluir a votação que autoriza mudanças na meta fiscal de 2017 e 2018. Embora o texto base tenha sido aprovado faltando dois destaques, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) minimizou o fato da matéria não ter sido concluída.
“Não dá para vender derrota onde se tem vitória. Ontem, nós cumprimos o nosso papel, mais uma vez o papel do Congresso Nacional com o Brasil. Nós tínhamos duas alternativas, aumentar impostos e tirar dinheiro do bolso do desempregado sofrido”, defendeu.
Questionado sobre o adiamento dos destaques, Oliveira ressaltou que a decisão foi tomada para evitar questionamentos da oposição. “Eu podia ter ficado aqui até agora de manhãzinha e ter aprovado os dois destaques. Não fiz isso com sessão aberta porque eu não queria que a oposição dissesse que foi aprovado na calada da noite”, completou o presidente do Senado.
Eunício convocou para a próxima terça-feira (05) uma sessão para votar os dois destaques e concluir a análise da meta fiscal. Mesmo assim, a oposição pretende obstruir a votação, conforme explicou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). “Nós vamos continuar obstruindo a votação porque entendemos que é imoral um governo que usa o dinheiro público para comprar o enterro da denúncia contra Temer no Supremo, aumentar o deficit para usar esse deficit para comprar um resultado favorável ao presidente aqui na Câmara.
O governo tem até hoje para entregar o projeto de Lei Orçamentaria no Congresso. Os valores antigos deverão ser mantidos com os deficit de R$ 139 bilhões para 2017 e R$ 129 bilhões para 2018. O rombo das contas públicas foi atualizado pela equipe econômica para R$ 159 bilhões em cada ano.
*Informações do repórter Arthur Scotti
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