Conheça história de Lior Vilck, brasileiro adotado ilegalmente em Israel

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2017 12h03
Johnny Drum/Jovem Pan

A segunda temporada do programa “Desaparecidos” estreia nesta quarta-feira (25), às 23h15, no canal fechado “A&E”, trazendo histórias emocionantes de famílias que lutam para achar seus parentes que sumiram. No Morning Show, o diretor do programa, Anderson Jesus, Lindalva Matos e Lior Vilck, um brasileiro que foi adotado ilegalmente em Israel quando era apenas um bebê, deram detalhes sobre o que os novos episódios vão mostrar.

Segundo o diretor, todos os episódios contarão com casos de pessoas que desapareceram e outro em que a vítima acabou sendo encontrada. Uma diferença em relação à primeira temporada é que eles pegaram muitos casos com ONG’s, o que passa um sentimento mais humanizado.

“Em todos os episódios temos casos de pessoas que desapareceram e outra que acabou sendo encontrada. Temos parcerias com ONG’s que cuidam disso, como é o caso da Lindalva e as Mães da Sé. Tem várias que nos auxiliam. Na primeira temporada tínhamos o apoio de órgãos de polícia, mas percebemos que tinha necessidade de falar com as ONG’s por escolherem casos de forma mais humanizada”, disse.

Um dos casos que ainda buscam um final feliz é o de Lior Vilck, um rapaz brasileiro que foi adotado ilegalmente por um casal de israelenses. Sabendo que tinha uma família biológica no Brasil logo aos 6 anos, Vilck decidiu ir atrás de sua história quando completou 19 anos. Ele aprendeu português para que pudesse ter mais facilidade para conseguir informações e desde então recebe ajuda de Lindalva, que também possui um drama emocionante.

“Eu tenho família adotiva. Quando fiz 6 anos, minha mãe israelense falou que eu tinha duas mães. Quando terminei o exército com 19 anos, fiquei com vontade de correr atrás da minha família. Aprendi português e pedi ajuda para achar meus pais. A Sandra abraçou minha causa e chegamos na Lindalva. Até hoje não conseguimos achar minha família, mas a esperança nunca morre. Estou fazendo isso desde 2010”, contou.

Para Lindalva, que atua como uma espécie de detetive em busca de desaparecidos e conseguiu achar a filha que deu para adoção, Lior foi vítima de um roubo no hospital que nasceu e dado como morto, o que fez com que a família não tivesse nenhum registro da criança para tentar achá-lo.

Ela ainda ressalta que muitas crianças são sequestradas para serem vendidas para adoção em outros países. Só em Israel, há mais de 3 mil brasileiros tentando localizar sua família biológica.

“As crianças são vendidas porque os pais decidem que querem crianças de olho azul, ou morena. Nunca deixem crianças nas ruas, eu aconselho isso. Não quer dizer que elas vão para o tráfico de órgãos”, explicou.

Emocionado, Lior disse que seu grande desejo é conhecer possíveis irmãos e mostrar a eles que quer muito que todos façam parte da sua família.

“Eu pensei o que quero dizer para a minha mãe. Estou interessado em conhecer irmãos e quero que façam parte da minha família. Tenho mãe e pai e os amo muito, mas a parte biológica é muito importante, sinto que preciso deles na minha vida”, completou.

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