‘Simonal’ retrata vida e declínio de cantor: ‘Não lhe foi permitido continuar sua história’

  • Por Jovem Pan
  • 26/07/2019 12h26
Jovem Pan O ator Fabrício Boliveira vai dar vida ao cantor nas telonas; filme estreia dia 8 de agosto

Com grande elenco e direção de Leonardo Domingues, “Simonal” vai levar às telas do cinema em agosto a história do grande cantor que dá nome ao filme, morto em junho de 2000.

Fabrício Boliveira e Max de Castro, respectivamente protagonista do filme e filho do cantor, conversaram com a bancada do Morning Show nesta sexta-feira (26) sobre as expectativas para o longa e o legado do cantor.

Negro assim como Simonal, Boliveira entende que a trajetória do cantor foi marcada pelo racismo. “Ele era um cara pobre, negro, que chegou sozinho numa condição social que não era dele, não se tinha outros negros na mesma situação dele. E de alguma forma não lhe foi permitido continuar sua história”, contou.

“É o que ainda vemos hoje, não é nenhuma novidade, pois não vemos negros ricos, ocupando grandes cargos públicos ou em grandes empresas, é um resquício direto da escravização que esse país passou”, completou o ator.

Já Max, fruto de uma relação inter-racial, demorou para perceber o preconceito que cercava sua família. “A minha mãe é branca e o meu pai, negro. Eu sempre achei isso normal e nuncia via o racismo, pois minha família é muito misturada. Fui começar a perceber isso um pouco mais velho, quando vi que na minha escola não tinha nenhum negro e somente na 8ª série entrou um único menino negro”.

O elenco do filme conta com Isis Valverde, Leandro Hassum, Mariana Lima e Caco Cioler. “Simonal” estreia nos cinemas brasileiros no dia 8 de agosto.

Confira abaixo a entrevista completa:

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