Mesmo com crise econômica e política, segmento de franquias cresce

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2015 15h08
Pen and bank statement Folhapress conta dinheiro ponta do lápis

 A atual crise apenas resvala no setor de franquias, que ainda registra crescimento em um ano de turbulência política e econômica. O setor nota uma migração de pessoas que trabalhavam em regime de CLT, e que buscam uma alternativa para criar o negócio próprio.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising, Altino Cristofoletti, indica que o incremento foi de 11,2% no primeiro semestre deste ano. Ele também ressalta que dezenas de profissionais bem qualificados entraram no segmento em 2015: “É uma tendência e uma grande possiblidade, porque o empreendedor encontra um sistema formatado, terá a capacitação necessária e ele tem a boa vontade de atuar localmente com uma marca que ele reconhece, em um segmento que ele gosta”.

O desejo de abrir uma franquia se espalha pelo país. A crise fez a professora Natália Paiva deixar a sala de aula para apostar em um negócio próprio. Dona de três franquias de uma rede de estética em Minas Gerais, ela conta que não se amedronta com o cenário e ainda tem planos de expansão: “Eu dei aula durante sete anos e larguei todas as minhas funções nas escolas em que dava aula para poder me dedicar ao meu negocio. Valeu muito a pena”.

Já Fabiano Lot apostou suas fichas em franquias no ramo de alimentação, com pizza, churrasco e massas. Ele explica que, apesar de sentir uma retração no movimento, ainda é o setor que menos sofre com a crise: “Hoje existe uma procura por preço. A qualidade não é primordial. Mas diminuiu o fluxo de gente no shopping”. Para o empresário, abrir uma franquia é mais seguro do que começar um negócio próprio, ainda mais no momento econômico do país.

Segundo a Associação Brasileira de Franchising, o faturamento do setor no primeiro semestre chegou a quase 64 bilhões de reais.

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