Ministério Público investiga relação do PCC com políticos de Campinas

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2015 14h44
CAMPINAS, SP 01.12.2015 - OPERACAO GAECO-Uma Operação do Ministério Público, acontece na manhã desta terça-feira (01), em Campinas, interior de Sao Paulo. Segundo promotores do Gaeco, os alvos são membros do alto escalão de uma facção criminosa que age no estado de São Paulo. Os cumprimentos de mandados ocorrem por toda a cidade e dez pessoas foram presas, até o início desta manhã. O ação tem apoio do Baep da Polícia Militar. Eles cumprem mandados na prefeitura de Campinas. Também houve ação em Americana, Hortolândia e Sumaré. (Foto: Denny Cesare/Codigo19/Folhapress) Código19 / Folhapress Gaeco

 Ministério Público e Polícia Militar prendem pelo menos dez suspeitos de liderar a facção Primeiro Comando da Capital, em Campinas. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, a investigação está relacionada ao financiamento de políticos pela organização criminosa. Um dos 12 mandados foi cumprido no Palácio dos Jequitibás, sede da prefeitura de Campinas.

O assessor da secretaria de relações institucionais do município Alexandre Cora Francisco, conhecido como Xandão, foi preso por suspeita de manter ligação com a facção.

De acordo com o promotor Amauri Silveira Filho, o objetivo agora é descobrir se o dinheiro proveniente do tráfico de drogas também servia para fins políticos: “Vamos investigar o trânsito de dinheiro que vem do tráfico e que é usado para outras finalidades, inclusive lavagem de dinheiro. Agora vamos tentar identificar se parte desse dinheiro pode ter sido utilizada em atividades políticas”.

A prefeitura de Campinas disse, em nota, que a exoneração do funcionário comissionado foi publicada na quarta-feira (02/12) no Diário Oficial.

O promotor Amauri Silveira Filho esclarece, no entanto, que não há ligação direta do prefeito Jonas Donizete, do PSB, com a facção: “Não há indicativas de que o prefeito tenha participado de nada. Precisamos refinar e entender melhor para que servia essa ligação e para qual finalidade. Há elementos que indicam que há uma tentativa dos integrantes do PCC de passar a participar ou se infiltrar ainda mais nas atividades políticas que acontecem aqui na região”.

A secretaria de relações institucionais afirmou que o funcionário preso não tinha poder de decisão no cargo. Durante a operação, oito mandados foram cumpridos na região de Campinas, um em Ubatuba, no litoral do estado, e outro em Presidente Epitácio, no oeste paulista.

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