Moro ouve ex-presidente da Petrobras e Jaques Wagner em processo contra Lula

  • Por Jovem Pan
  • 14/02/2017 07h01
Brasília - O ministro da Defesa, Jacques Wagner, participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, para falar sobre o decreto sobre militares e Jogos Olímpico (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Jaques Wagner

O juiz federal Sérgio Moro ouviu nesta segunda-feira (13) mais testemunhas de defesa, no processo penal da Lava Jato que tem como um dos réus o ex-presidente Lula. A ação envolve o caso do triplex do Guarujá, no litoral de São Paulo.

As audiências desta segunda-feira foram realizadas via videoconferência. Entre as testemunhas que foram ouvidas, estão o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli e o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner.

Gabrielli ressaltou que a estatal sempre foi bem fiscalizada, mas disse que, antes da Operação Lava Jato, não era possível identificar as irregularidades. “A Petrobras é extremamente supervisionada. A Ouvidoria chegou a receber 18 mil denúncias. Em nenhum destes casos, nem a Polícia Federal, nem as auditorias externa e interna e nem a Ouvidoria tiveam conhecimento do volume de informações que aparecem depois das investigações da Lava Jato”, disse.

José Sergio Gabrielli foi presidente da Petrobras entre 2005 e 2012 e exerceu o mandato mais longo da história da companhia.

Já o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, falou sobre o período em que atuou como ministro das Relações Institucionais do Governo Lula, entre julho de 2005 e março de 2006.

Segundo Jaques Wagner, o relacionamento do ex-presidente com outros políticos sempre foi bastante próximo. “O ex-presidente sempre foi receber lideranças, blocos parlamentares. Ele sempre foi um homem de muito diálogo, mas isso se dava em reuniões grandes”, destacou.

Jaques Wagner também ocupou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, entre outubro de 2015 e março de 2016, durante o Governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Além do ex-presidente Lula, outras seis pessoas também são rés na mesma ação penal.

A denúncia foi aceita em setembro do ano passado e abrange três contratos da construtora OAS com a Petrobras.

Segundo o Ministério Público Federal, a empreiteira teria pagado mais de R$ 3 milhões em propina ao ex-presidente, por meio da reforma do apartamento triplex, no Guarujá.

Lula responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

As oitivas com as testemunhas de defesa do petista devem se estender até março. Ao todo, 70 pessoas foram arroladas pelos advogados.

*Informações do repórter Vitor Brown

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