MPF pede bloqueio de bens e ativos de donos da JBS e Eldorado Celulose

Dinheiro 50 reais

Ministério Público Federal pede o bloqueio de bens e ativos de até R$ 3,8 bilhões do dono da JBS, Joesley Batista, e do presidente da empresa Eldorado Celulose, José Carlos Grubisch Filho.

Os procuradores divulgaram, em nota, que os dois descumpriram um termo de ciência firmado com o MP em setembro do ano passado.

O acerto foi feito no âmbito da Operação Greenfield, que apura crimes contra o FGTS e fundos de pensão da Petrobras, o Petros, e da Caixa Econômica Federal, Funcef.

O MPF afirma que encontrou indícios de que Joesley e Grubisch agiram para esconder irregularidades cometidas à frente da Eldorado Celulose.

A companhia teria contratado uma apuração independente para legitimar práticas ilegais como o pagamento de R$ 37,4 milhões para duas empresas do doleiro Lúcio Funaro, que está preso em Brasília.

Os procuradores também proibiu que os investigados mantenham qualquer tipo de comunicação entre si ou com outros investigados da Greenfield.

Joesley e Grubisch também não deveriam exercer qualquer cargo ou função de direção em empresa ou grupo empresarial da holding J&F.

Nessa mesma manifestação, o MPF aceitou um pedido da defesa do irmão de Joesley, Wesley Batista, para que as medidas contra ele sejam revogadas. O empresário alega que, à época dos fatos investigados, morava nos Estados Unidos e atuava em outros segmentos do grupo.

Em nota, a J&F disse estar supreendida com a decisão e rebateu as acusações afirmando que todas as medidas contra os irmãos Batista tiveram como base denúncias estapafúrdias, infundadas e com caráter de interesses pessoais de Max Mauran Pantoja, conselheiro indicado pelo Funcef.

*Informações do repórter Victor LaRegina