Previdência: ‘Quanto mais emendas, mais categorias representadas’, diz presidente da Comissão Especial

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) é o presidente da Comissão Especial da Previdência

O presidente da Comissão Especial da Previdência na Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), comemorou, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, o número de emendas feitas pelos parlamentares à proposta de reforma apresentada pelo governo federal. Ao todo, foram 277 pedidos. “Eu penso que quanto mais emendas, mais categorias representadas e que têm suas demandas apreciadas. Isso é importante do ponto de vista democrático”, afirmou o deputado nesta sexta-feira (31).

Apesar de celebrar o número de emendas, Ramos destacou que nem todas serão aprovadas. “A Comissão não pode se submeter a pressões corporativas, deve ter como objetivo manter a potência fiscal na casa de R$ 1 trilhão”, frisou.

O presidente da Comissão Especial afirmou que a modificação do texto apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro deve ser feita para garantir que o relatório seja aprovado pelos deputados. “O melhor relatório é o que possa ser aprovado”, resumiu. “Não adianta ter um relatório que seja a simples repetição da proposta do governo e não tenha os votos necessários”, continuou. “Acho que o caminho é ter a proposta do governo como base e fazer os ajustes com as emendas apresentadas.”

Segundo Marcelo Ramos, o relator da PEC, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deve apresentar o parecer até o dia 15 de junho. “Há um esforço dele para que o relatório seja apresentado antes desse prazo”, disse. Assim que o texto for apresentado, ele será lido aos parlamentares da Comissão Especial. Depois, eles terão duas sessões para pedidos de vistas. “Eu colocarei em votação voltando das duas sessões de vistas”, prometeu Ramos.

Após a aprovação na Comissão Especial, a PEC da Previdência irá para o plenário da Câmara. Caso seja aprovada pelos deputados, o projeto será encaminhado ao Senado.

Marcelo Ramos acredita que os parlamentares querem aprovar a reforma. “Eu não tenho dúvida de que há uma responsabilidade com o Brasil por parte dos deputados de que há a necessidade de uma reforma da Previdência”, declarou. “Não vejo ninguém falar contra a tese da reforma da Previdência, mesmo a oposição reconhece [a necessidade].”